quarta-feira, 24 de abril de 2024

Leitura: A Faca da Catacumba - Arnaldo Onça



Refeição Cultural

Osasco, 24 de abril de 2024. Quarta-feira.


"Na segunda-feira, dia 12 de novembro do mesmo ano, sempre com a faca presa à cintura, novamente o 14 Bis levantou voo, desta vez 220 metros, a alturas que variaram de dois a três metros..." (p. 221)


A leitura é uma necessidade para mim, é uma ação consciente e voluntária essencial. Inclusive desenvolvi hipóteses preocupantes sobre a perda da capacidade de leitura de nossa espécie por causa dos meios atuais de comunicação. Temos que ler e escrever para preservar nosso cérebro e nossa invenção recente: o signo linguístico e a escrita (alguns milhares de anos).

Neste ano em curso, não tenho conseguido ler como gostaria. Nem escrever como seria necessário. Vários fatores estão dificultando meu cotidiano como leitor e escritor.

Como disse na postagem anterior (ver aqui), meu ato de leitura é acompanhado de algum registro textual para que possa refletir sobre o conteúdo do que li, ou para compartilhar com as leitoras e leitores do blog algumas ideias e ou sensações obtidas com a leitura feita.

Refletindo sobre as leituras em andamento ou terminadas recentemente, notei a dificuldade de fazer um registro das impressões que tive do ato de leitura. Foi assim até agora com os livros que terminei de Paulo Freire, Frei Betto, e diversos livros em andamento.

Uma categoria de livros que gosto de incluir em minhas leituras anuais é a categoria de livros produzidos por colegas de comunidades às quais me incluo como, por exemplo, a categoria bancária, conhecidos dos cursos acadêmicos que fiz e demais grupos de afinidades.

O livro do colega aposentado do Banco do Brasil, Arnaldo Onça, é um livro de ficção e entretenimento que comecei a ler numa viagem de alguns dias para descansar com a esposa e que só retomei e finalizei agora, um tempinho depois. Sempre li assim, dezenas de livros.

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A FACA DA CATACUMBA

A ideia da história é bem interessante. O autor nos leva a viajar pelo mundo no tempo e no espaço através de um artefato que percorre civilizações - a Faca da Catacumba - e envolve figuras da história ou desconhecidas, reais ou ficcionais, ao longo de dois milênios.

Uma coisa que sempre respeitei desde quando comecei a ler na adolescência romances e obras literárias, sejam os livros com vínculos históricos ou ficcionais, é o trabalho que autores e autoras têm para tecer um texto do início ao fim. Dá muito trabalho fazer um livro!

Outra coisa que sempre me atraiu na leitura de livros, mesmo quando era muito novo e mal tinha tempo de ler alguma coisa, além do tempo para trabalhar e cumprir as horas de estudos formais, era a possibilidade de viajar através da leitura, de vivenciar outras percepções possíveis da realidade, para além daquela na qual eu vivia ao abrir os olhos e ter que fazer o que as veredas da vida me levaram a fazer.

A ficção de Arnaldo Onça cumpre esse papel de fazer os leitores viajarem para épocas diversas, culturas variadas de regiões distantes do nosso mundo mundo vasto mundo. Ao longo do livro vamos à Roma antiga, à China, às Américas e por aí afora.

De repente, até nosso Santos Dumont estava lá envolvido com a Faca da Catacumba... muito interessante! 

Adorei a emocionante história do jovem e promissor jogador de futebol Niquim!

Em ficção tudo é possível, essa é uma das maravilhas da literatura. Estabelecido o acordo entre autor e leitores, definidas as regras da leitura, verossimilhança traçada, é só iniciar a viagem literária e curtir a história ou a estória ou as imaginações permitidas aos autores para preencher as lacunas das histórias.

Enfim, finalizada a viagem literária iniciada numa viagem real minha de um tempinho atrás.

Leitura leve e divertida. Imagino o trabalhão que deu fazer as pesquisas para alinhavar os diversos caminhos percorridos pela Faca ao longo dos séculos.

Parabéns ao nosso colega do BB, que além de escritor é participante assíduo e de forma voluntária em diversas associações e entidades associativas que cumprem a função de trazer cultura, informação e lazer à nossa comunidade do Banco do Brasil.

William Mendes


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