Refeição Cultural
"Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então..."
(Metal contra as nuvens, Legião Urbana)
Tinha o hábito de correr quilômetros na praia nos dias de férias passados na Praia Grande. Já no tempo das dores, cheguei a fazer uma corrida de 10K. Esporte é vida.
Ontem, domingo, o movimento na praia estava como gosto: o povão da classe trabalhadora se divertia do jeito que dá, como canta e conta os Racionais MC's.
Minha formação mental baseada nas utopias da esquerda faz com que meus pensamentos observem o que vejo e façam conexões com possibilidades de acontecimentos futuros: tendências e perspectivas.
Enquanto andava pela praia, vendo o povo e as construções na orla, pensei muitas coisas. Cito uma reflexão: pensei com tristeza no povo e na orla da praia na Faixa de Gaza, na Palestina. Quem garante que nós não seremos eles amanhã? Não há garantias.
Num mundo cuja lei é a força das bombas e dos "embargos econômicos" e não mais da diplomacia, podemos ser os palestinos amanhã.
Faz tempo que avalio que o império criminoso do Norte iria fazer com o Brasil e seu povo o que faz com Cuba, Venezuela, Irã, o povo palestino e outros alvos. Me parece que chegou a hora de experimentarmos do veneno aplicado a Cuba.
Não estamos preparados, não tivemos uma educação cubana, martiana, a esquerda aqui ainda quer "conciliar" com os hitlers da atualidade...
É a minha impressão a partir do que observo ao meu redor em meu mundo. Torço para estar errado.
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Então, ontem, após quilômetros andando pela areia, pensei na música do Legião Urbana, me lembrei do metal que me forjou, e corri 2K na areia da praia, beirando o mar e sentindo o cheiro da maresia.
Danem-se as dores. Não me entrego sem lutar. Tenho ainda coração. Não aprendi a me render. Que caia o inimigo então.
William
14/07/25
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