domingo, 20 de julho de 2025

O sentido da vida (2)



Talvez o porto

O cidadão passou a noite em claro, foi se deitar lá pelas 7 horas da manhã. Aquele tinha sido um daqueles dias de zelar pela pessoa querida, até que ela dormisse.

Às onze horas se levantou, se trocou, e saiu para andar pelo parque e espairecer as ideias turbulentas. O que fazer, o que não fazer, e entender mais uma vez que a vida é como ela é. 

Ainda no parque, falou com sua mãe, que também estava zelando por alguém. Cuidar talvez seja um sentido de nossa espécie animal. 

Mesmo com o pouco dormir e o pouco ânimo, o cidadão pegou sua garrafinha de água, buscou a disciplina forjada nas lutas, e se dirigiu à academia do seu condomínio. Só é possível zelar pelos outros se cuidar de si mesmo para estar vivo.

Vai saber se o sentido de tudo não seja ser o porto dos náufragos dos mares do mundo.

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