quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vocábulos formais e análise mórfica (2)




Vamos lá! 

Na questão dos vocábulos formais temos as formas livres, presas e dependentes: 

FORMAS LIVRES: constituem uma sequência que pode funcionar isoladamente como comunicação suficiente. Ex.: luz, proscrever, cachorro. 

FORMAS PRESAS: sequência que só funciona ligada a outra(s). Ex.: o 'pro' de proscrever; o 'in' de infeliz; etc. 

FORMAS DEPENDENTES: é uma forma que não é livre, porque não pode funcionar isoladamente como comunicação suficiente, mas também não é presa, porque pode se disjungir da forma livre a que está ligada. 

Ex.: o artigo 'a' em "a lei" porque pode-se intercalar mais vocábulos entre eles, ou seja, "a grandiosa lei". 

Também é possível alternar a posição da forma dependente em relação a forma livre (o que não ocorre com a forma presa). É o caso dos pronomes átonos junto aos verbos. Ex.: "fala-se" pode ocorrer na forma "se fala". 

"São por isso vocábulos formais, porque são formas dependentes, em português, as partículas proclíticas átonas, como o artigo, as preposições, a partícula QUE e outras mais. São-no igualmente, como acabamos de ver, as variações pronominais átonas junto ao verbo, em vista de poderem ficar com ele em próclise ou em ênclise." 

Bibliografia: 

CÂMARA Jr., J. Mattoso: 

.Estrutura da Língua Portuguesa, 23a. edição, Editora Vozes, Petrópolis 1995.

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