Capa do filme da coleção da Folha. |
Filme:
A Doce Vida – Federico Fellini, 1960
(sinopse da Coleção Folha de Cine Europeu)
A Doce Vida
Na Roma dos anos 1950, o jornalista de fofocas Marcello
(Marcello Mastroianni) passa os dias entre festas e badalações, mas sente-se
vazio e sonha em escrever sobre assuntos sérios. Esta é “A Doce Vida” de
Federico Fellini (1920–1993), monumento da grandeza do cinema italiano dos anos
1960.
O diretor começou a carreira dentro da tradição Neorrealista, mas com este drama inaugurou o estilo “felliniano”, termo que descreve situações e personagens exagerados e extravagantes. O filme inicia a longa parceria entre Fellini e Mastroianni e fez história com sua estrutura moderna e fragmentada, enfatizando imagens fantásticas e barrocas. A cena de Anita Ekberg na Fontana de Trevi entrou para a história.
O diretor começou a carreira dentro da tradição Neorrealista, mas com este drama inaugurou o estilo “felliniano”, termo que descreve situações e personagens exagerados e extravagantes. O filme inicia a longa parceria entre Fellini e Mastroianni e fez história com sua estrutura moderna e fragmentada, enfatizando imagens fantásticas e barrocas. A cena de Anita Ekberg na Fontana de Trevi entrou para a história.
Diretor: Federico Fellini
Nacionalidade: Itália
Filme: A Doce Vida
Duração: 174 min.
Nacionalidade: Itália
Gênero: Drama
Ano: 1960
Protagonista: Marcello
Mastroianni, Anouk Aimée, Anita Ekberg, Magali Nöel
Áudio: Italiano 5.1
Legendas: Português
Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.66:1
Sinopse
da Wikipedia (cuidado, pois revela partes do filme)
Sinopse
O filme passa-se em Roma e conta a história de
Marcello Rubini, um jornalista especializado em histórias sensacionalistas sobre
estrelas de cinema, visões religiosas e a aristocracia decadente, que passa a
cobrir a visita da atriz hollywoodiana Sylvia Rank, por quem fica fascinado.
Através dos olhos deste
personagem, Fellini mostra uma Roma moderna, sofisticada, mas decadente, com os sinais da
influência estadunidense. O repórter é um homem sem
compromisso, que se relaciona com várias mulheres: a amante ciumenta, a mulher
sofisticada em busca de aventura, e a atriz de Hollywood, com a qual passeia
por Roma, culminando no ponto alto do filme, a famosa sequência da Fontana di
Trevi. (vale a pena clicar no link e ler sobre a fonte dos trevos)
Outra sequência famosa
do filme é a da abertura, na qual o jornalista, num helicóptero
que transporta uma estátua de Jesus até o Vaticano, encontra uma mulher tomando sol numa cobertura e
pergunta pelo seu número de telefone. O barulho dos motores impede que ambos
possam se entender. A temática da falta de comunicação se repete ao longo de
todo o filme.
Dentre os momentos mais
importantes do filme, está aquele no qual duas meninas atraem uma multidão, ao
fingirem ver uma aparição da Virgem Maria nos subúrbios de Roma; e
quando o personagem Steiner, um intelectual e colega de Marcello, que vive com
a sua família numa aparente harmonia, comete o assassinato
dos seus próprios filhos (um casal de crianças) e se suicida
em seguida. Após a morte de Steiner, Marcello embarca numa vida de orgias e,
numa destas ocasiões, pela manhã, caminha pela praia em busca de um
monstro marítimo morto, o final simbólico do filme.
Fontana di Trevi - fonte: Wikipedia. |
COMENTÁRIOS
E IMPRESSÕES
Assisti ao filme esta semana. São praticamente três
horas de grandes cenários entre castelos e monumentos e fortes críticas, já nos
anos 60, a uma sociedade burguesa vazia e inútil, consumidora de luxo e
extravagâncias em meio aos miseráveis e não incluídos na sociedade.
O filme de Federico Fellini aborda a alta sociedade
italiana no pós-guerra.
É engraçada a sensação que tive ao assistir algo dos
anos 60 que me trouxe a mesma impressão que senti em 2009 quando estive na
Itália e andei por duas semanas pelas ruas de Turim.
Me pareceu que o povo ali, pelo menos na cidade
burguesa de Turim, vive alheio ao resto do mundo. Tudo é muito bonito, limpo,
lindo. As ruas, as pessoas, as coisas. No entanto, a Itália vive hoje uma crise
econômica fortíssima e dá a impressão quando vemos os programas de televisão de
lá que está tudo às mil maravilhas.
Quando visitei Milão, teve uma cena que fotografei. Estou
acostumado a ver aquilo por aqui. Lá é a mesma merda, infelizmente. Havia um senhor na
entrada da famosa Galeria Vittorio Emanuele II de 1867 procurando algo na cesta
de lixo. A postagem faz referência a “Opulência e Beleza”. Ali diz a sensação
que senti na visita à Itália e que relembrei durante a sessão do filme de Fellini.
Anita Ekberg, a diva. |
BELEZAS
DO FILME
- a cena de Anita Ekberg na Fontana di Trevi realmente
é algo magistral. Vale a pena clicar no link acima e ler sobre a história da fonte romana.
- outro belo momento do filme é quando o amigo intelectual
do jornalista toca no órgão de uma bela igreja “Tocata e Fuga” de Bach.
- a tomada aérea da cidade de Roma, se aproximando da
cidade do Vaticano é muito legal.
- eu gosto muito de filmes preto e branco. Várias cenas
tomadas nos cenários romanos me agradaram muito.
FINALIZANDO...
O próprio título do filme é uma forte e irônica crítica
a toda a decadência da burguesia italiana e da cópia do estilo americano de
ser.
O que é pior... tão atual!!!
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