terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mamãe, eu te amo!


O que tenho de bom aprendi com essa mulher e com meu pai.
Os vícios aprendi com a vida diária.

Hoje minha querida mãe faz aniversário. Liguei pra ela e disse o quanto a amo.

Conversamos um pouco. Perguntei como estão as dores na coluna (ela está na cama com a coluna fraturada há mais de três meses). Como de praxe, perguntei de meu pai, pois ele também tem vários problemas de saúde. Sobrevivem.

Falamos um pouco dos escapes da vida dura. Os passarinhos no quintal, as paraolimpíadas que ela está vendo na tevê, o tempo que esfriou um pouco. Conseguiram resolver o problema da comida, pois acharam um lugar para pedir marmita diariamente. A vizinha foi ajudá-la e limpou um pouco a casa.

Ê mãezinha! Como foi difícil ter um filho, heim? Seu corpo teimava em não segurar um bebê. Perdeu vários e, por fim, a senhora conseguiu dar à luz a um menino. Mãe, o que está a meu alcance fazer é levar uma vida correta e digna para honrar a pessoa que a senhora é. Estou fazendo isso e farei até meu último dia, mãezinha.

Nessa vida corrida que levamos, vivemos como autômatos. Robôs que levantam e saem pra fazer aquilo que está determinado no nosso contrato social. Vivemos presos ao Nome que temos, à Função que desempenhamos, ao Grupo gregário ao qual pertencemos. E a vida segue assim...

Mãe, sou uma pessoa comum.
Sou uma pessoa correta ao menos.
Sobrevivi na adolescência graças à senhora.
Naquela época de violência, meu freio foi a senhora.
Acabei escapando dali e partindo com a semente do bem.
A semente da luta e da índole devo à senhora e ao papai.
Obrigado por vocês estarem vivos e me ligarem ao mundo.

TE AMO MÃEZINHA QUERIDA!

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