O sol que dá a vida é o mesmo que pode causar a morte. |
Refeição Cultural
Catarses através da sétima arte...
Nesta postagem faço breves comentários sobre três filmes bem diferentes um do outro.
Um filme antigão que só fui ver agora e que me impressionou pela ousadia do tema e da produção: O império dos sentidos.
Um filme muito interessante sobre a história de um rapaz com autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) em busca de uma realização. Temática atual de O milagre de Tyson.
E um filme encantador e assustador ao mesmo tempo: Finch. Uma história de amor e amizade entre um homem e um cachorro num mundo apocalíptico.
Todos eles me fizeram refletir sobre os temas e sobre a vida.
William
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FILMES
O império dos sentidos (1976) - Japão e França. Direção: Nagisa Ôshima. Com Eiko Matsuda no papel da ex-prostituta Sada e Tatsuya Fuji no papel de Kichizo. Filme conta a história de amor e paixão de Sada e Kichizo no Japão dos anos trinta. É um filme erótico, mas é considerado um filme de arte e marcou época.
COMENTÁRIO: Nos anos oitenta ouvia-se muito falar sobre esse filme japonês, eu era adolescente e fiquei curioso por muito tempo. Acabou que a vida foi passando e eu nunca vi o filme. A cena do ovo na vagina da atriz era uma das referências desse clássico. Dias atrás, acabei conhecendo finalmente O império dos sentidos, dirigido por Nagisa Ôshima e estrelado pela bela Eiko Matsuda no papel de Sada. Que filme doido! Imagino como deve ter causado impacto nos anos oitenta onde pôde ser visto. O casal de amantes vai se entregando compulsivamente aos novos prazeres que o sexo pode proporcionar a eles e a situação vai ficando cada dia mais extravagante. É doido! Finalmente conheci O império dos sentidos! Nunca é tarde para se conhecer coisas velhas (novas)!
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O milagre de Tyson (2022) - EUA. Direção e roteiro: Kim Bass. Com Major Dodson no papel do jovem Tyson Hollerman. Garoto com TEA (Transtorno do Espectro Autista), educado em casa por sua mãe e filho de um famoso treinador de futebol americano do Estado passa a frequentar a escola onde o pai é técnico e após sofrer bullying decide que quer correr e vencer uma maratona para ser aceito pelo pai. Ele contará com o apoio do maratonista Aklilu (Barkhad Abdi).
COMENTÁRIO: Gostei do filme! É mais comum em filmes que apresentam personagens com algum grau de deficiência física ou intelectual abordar as habilidades desenvolvidas pelos PcD em áreas da cultura ou das intelectualidades. Rain Main (1988) foi um dos filmes que marcaram época com a interpretação do autista Raymond por Dustin Roffman. O filme sobre o jovem Tyson Hollerman tem uns clichês básicos como o pai de Tyson querer ser o pai da moral e dos bons costumes, coisa ridícula sendo ele um típico personagem que caracteriza bem o que é o cidadão médio norte-americano. No entanto, acompanhar o dia a dia do garoto superando o bullying e as dificuldades inerentes à sua condição de não atleta de alta performance na corrida de longa distância é emocionante. Vale a pena ver o filme!
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Finch (2021) - EUA. Direção de Miguel Napochnick. Com Tom Hanks. Num futuro pós-apocalíptico, homem doente cria um robô com a intenção de cuidar de seu cachorro. O filme teria outro nome, Bios, quando foi anunciado em 2017 e produzido em 2019, antes da pandemia de Covid-19, e só foi lançado dois anos depois ao ser vendido para uma empresa de streaming, Apple TV.
COMENTÁRIO: Assisti ao filme em um ônibus de viagem. O enredo é excelente! Tom Hanks interpreta Finch, sobrevivente humano de um mundo superaquecido durante o dia por causa da destruição da camada de Ozônio do planeta Terra. O roteiro é muito bem-feito e deixa o telespectador envolvido na trama do início ao fim. O cenário é assustador e muito realista para as pessoas minimamente informadas sobre as consequências da emergência climática vivida por nós nesta quadra da história. É impossível não nos encantarmos com o cachorro Goodyear, companheiro de Finch naquele mundo quase sem vida e o pequeno robô Dewer. E para completar a equipe que luta pela vida temos Jeff, robô criado para cuidar do cachorro na ausência de Finch. É um road movie que nos deixa pensativos. E muito! A história tem amor, amizade, confiança e momentos de suspense e é difícil não se emocionar. Recomendo. Gostei demais e a trilha sonora é espetacular!
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