Refeição Cultural
Ao pensar a respeito da vida que estamos vivendo neste momento da história humana e brasileira fica bem difícil vender otimismo ou esperança para o amanhã. Pensei nisso por estarmos em período de Natal e Ano Novo. Ano Novo? Não teremos nada de novo no dia primeiro de janeiro, nem em janeiro, nem em fevereiro, nem no próximo semestre, pouco provável que haja algo de novo em 2021. O mesmo para 2022. Enfim, relembrando o clássico de Erich M. Remarque, Nada de novo no front...
Estamos cansados e não há perspectiva de melhora nas coisas. Em 2018, estávamos atolados até o pescoço numa fossa de merda por causa do golpe de Estado perpetrado em 2016 pelo PSDB de FHC, Aécio, Serra e demais canalhas da legenda, golpe financiado pelos empresários donos de terras, bancos e mídias e demais vigaristas da Casa Grande brasileira e golpe encaminhado com o apoio decisivo do império do Norte. A operação Lava Jato destruiu o país e todos esses desgraçados juntos colocaram no poder milicianos e genocidas, que aproveitaram a oportunidade e souberam manusear o poder dado a eles e ocuparam toda a estrutura do Estado para se manterem no poder. E essa situação não vai mudar em janeiro, nem em 2021, dificilmente em 2022. E aí veio a pandemia de Covid-19...
A pandemia do vírus Sars-Cov-2 caiu como uma luva nas mãos dos canalhas que foram colocados no poder e apesar do novo coronavírus ter virado uma arma de guerra com capacidade genocida, nada muda porque aquela quadrilha que citei acima tem interesses em manter no poder o genocida para acabar de pilhar o país, subjugar o povo miserável e trabalhador e não permitir que nenhuma oposição ou voz dissonante se erga contra a destruição e desfazimento daquilo que conhecíamos como um país, mesmo que subdesenvolvido. A pandemia virou uma ferramenta estratégica para os genocidas no poder, representantes do capital e da Casa Grande.
Assim estamos neste período de Natal e Ano Novo, assim estamos. Cansados, sem perspectivas de mudanças positivas no cenário do cotidiano, porque o ano todo de 2021 não será um tempo de renovação, de renascimento, de regeneração, de novas oportunidades e novas colheitas. Será um ano todo de guerra política em torno da pandemia, sem vacina para a população, porque o vírus é estratégico para o regime fascista, será o ano todo com uso dessas máscaras desgraçadas que usamos ao longo desse ano que "termina" (não termina! não terminamos sequer o ano de 2016...).
Se desenha um período continuado do que foi esse mundo de merda em que nos enfiaram o PSDB e seus satélites de poder econômico por não aceitarem um pouquinho de distribuição de renda para o povo pobre e miserável desde o início do século e milênio com os governos de Lula e Dilma do Partido dos Trabalhadores. Quem dá as cartas e comanda o jogo é o grupo que causou toda essa destruição do país. Executivo, legislativo, judiciário, mídia golpista, estruturas estatais que concentram menos de 1% do povo, estão no poder político, econômico, policial, cultural, midiático e virtual, e isso não se muda da noite para o dia, nem em 2021, nem se muda por dentro do regime. Tá tudo dominado e não vejo no horizonte nada fora do sistema para mudar essa realidade brasileira.
No Brasil, o crime dos brancos da Casa Grande sempre compensa e vale a pena. Como quase sempre em 520 anos, tá tudo dominado por eles. (Mas a gente sonha uma revolta da senzala, um dia quem sabe!)
Mas como diz Belchior, relembrado por Emicida em seu álbum AmarElo, e apesar do vírus da morte firme e forte para nos pegar todo dia por aí e nos matar e nos ferrar com sequelas...
"Tenho chorado demais, tenho sangrado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro..."
William
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