segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Diário e reflexões (01/08/22)


Refeição Cultural

Osasco, 1º de agosto de 2022. Início da madrugada de segunda-feira do mês dos maus agouros como dizem as crendices populares. Não acredito nessas coisas, mas respeito quem acredita em mitos (em outras fases da vida acreditei em tudo: religiões, monstros, alienígenas, fantasmas, i ching, horóscopos, mau-olhado etc, tudo que se possa imaginar rsrs).


Pois é, cá estamos vivos (não é um diário de um Brás Cubas) e vivendo os dias como correm, meio no embalo dos acontecimentos cotidianos, meio que tentando ser o condutor de alguma coisa da própria vida (algo difícil - eu não me iludo -, não estamos no controle de nada). Sigo buscando atitudes dignas e significados, já que viver é dar sentidos ao viver.

Nas últimas semanas fiz algumas coisas fora da rotina. Ver pessoas que não via há tempos - familiares principalmente - foi algo diferente e importante. Sigo com o objetivo de reencontrar pessoas das quais me afastei. É uma atitude que quero ter. Um adoecimento e um falecimento aceleraram o processo. Mas tenho que ir além disso, buscar contatos. Mesmo que algumas experiências não sejam positivas, serão experiências do viver nesta fase de minha vida.

Também revi pessoas queridas e conhecidas de minha fase de vida laboral e de militância política. A falta de contato presencial com as pessoas, tanto por ter saído do banco, do movimento sindical e por causa da pandemia mundial de Covid-19 para uma pessoa que passou a principal fase da vida entre multidões é um acontecimento terrível, que nos afunda numa espécie de insignificância horrível, um vazio existencial difícil de lidar, mesmo sabendo que temos que aprender a lidar com isso, afinal de contas a vida é assim. As coisas mudam, todo dia, o tempo todo. Tudo muda e temos que ter sabedoria para nos adequarmos ao viver, às veredas do viver desse sertão existencial.

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BALANÇOS E BUSCA DE SIGNIFICADOS

Pode parecer algo inútil para a coletividade meu processo de revisita ao passado, estou revendo milhares de postagens nos blogs e mídias que mantenho há quase duas décadas. E sigo escrevendo aqui. Sinto que tenho que fazer isso, é como se fosse um balanço e fechamento de minha vida pública. A intenção da criação dos blogs foi a melhor possível, queria compartilhar conhecimento e ajudar pessoas naquele sonho de um mundo melhor, mais justo e igualitário. Ideal meio inocente e fora da realidade, mas eu pensava isso quando criei os blogs e fiz um esforço desumano para manter e alimentar dois blogs nesses anos todos. O blog sindical teve meio milhão de acessos durante o mandato de diretor de saúde da Cassi, criei um público leitor na época. Este blog de cultura também tem um acesso que até me surpreende. Num mundo de vídeo, som e imagem, fechar o mês de julho com quase 5 mil acessos em textos é algo considerável, penso eu. E o sindical está com quase 9 mil acessos por mês... meus textos de Memórias têm sido bastante acessados. Espero que eles ajudem as pessoas que os lerem.

Neste momento, estou revisando o ano de 2019 em minhas mídias. Foi o primeiro ano do governo de destruição total do Brasil e dos brasileiros. Foi meu primeiro ano fora de uma rotina de vida que levei por quase duas décadas como liderança e representante da classe trabalhadora. Tanta coisa mudou em minha vida, em nossa vida, desde então. Até o envelhecer é uma mudança pessoal difícil de lidar, mas faz parte do viver. Quando eu termino a revisão de um ano deste blog de cultura, eu encaderno o material. Poderia dizer que são livros e livros tudo que já escrevi na vida pública, e agora privada. Pode ser uma coisa só para mim, mas pelo menos os cadernos são partes de minha vida, organizados cronologicamente.

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HISTÓRIAS DAS LUTAS DA CATEGORIA BANCÁRIA

Outra coisa que estou organizando para talvez incrementar meus textos de memórias sindicais são as enormes quantidades de papéis, revistas, jornais, panfletos, cadernos e coisas do movimento de luta dos bancários, principalmente sob o recorte dos funcionários do Banco do Brasil. Após acabar de separar tudo o que tenho, talvez se a disposição e a saúde permitir, talvez eu comece a alinhavar textos a partir do material mais antigo que eu tiver até o último que tiver, seria uma coisa de longo prazo, mas primeiro eu preciso acabar de separar tudo aquilo. Depois vejo o que faço.

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Chega de registros, já adentramos o mês dos maus agouros. Como não existe nada disso, pode ser um mês de excelentes coisas. Tudo depende do acaso e das pessoas que aqui habitam.

William


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