quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Diário e reflexões - As coisas (21/09/22)


Refeição Cultural

Osasco, 21 de setembro de 2022. Noite de quarta-feira, com chuva.


ELEIÇÕES

A questão central de nossas vidas de classe trabalhadora brasileira neste momento é eleger Lula presidente do Brasil no dia 2 de outubro. Também devemos ter consciência política sobre a importância de eleger parlamentares do Partido dos Trabalhadores e do campo progressista e popular, candidaturas que se comprometam a apoiar o mandato de Lula para recuperar minimamente a condição de existência do povo brasileiro (civilidade) neste país destruído pelo golpe de 2016 e pelos piores canalhas que já frequentaram a política em nossa história. Amig@s, vamos tod@s eleger #LulaNoPrimeiroTurno. Voto e peço o voto nas candidaturas do PT, trabalhador(a) vota no Partido dos Trabalhadores!


CONSUMO CONSCIENTE?

Minha primeira formação acadêmica foi em Ciências Contábeis. Na graduação estudei diversas matérias relacionadas com estudos matemáticos e de administração, contabilidade e economia. Isso lá no início dos anos noventa do século 20. 

Já se passaram algumas décadas de meus primeiros contatos com os estudos de micro e macroeconomia e os problemas econômicos das sociedades humanas seguem tendo bases muito parecidas ao longo da história da humanidade. Ainda se falam de recursos escassos, necessidades ilimitadas, formas mais eficientes de produção e distribuição de bens e serviços blá blá blá. Praticamente tudo analisado sob o ponto de vista do capitalismo.

Neste momento a história humana não acabou (ainda estamos por aqui) e Fukuyama pode não ter acertado em sua afirmativa arrogante de que o capitalismo neoliberal havia vencido a guerra contra o socialismo após o fim da URSS (será que ele errou?)... Quer dizer, a história não acabou mas parece que acabou... quem acredita que o capitalismo vai ser superado? Alguns pensadores dizem que o mundo acaba, mas o capitalismo não. Enfim... seguimos inconscientemente consumindo tudo!

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COISAS, COISAS, COISAS

Tenho pensado sobre economia, contabilidade, consumo, sobre desejos e necessidades. Tenho pensado sobre excesso de consumo, sobre acumulação desnecessária de coisas, sobre consumo sem necessidade de quase tudo que consumimos, que compramos mesmo sem con(sumir), sem usar o que se compra. Tenho pensado na economia do lar. Tenho pensado nos 100 milhões sem economia alguma...

Certa vez, li num dos conceitos sobre economia que economia era a administração dos recursos de nossa casa, de nosso mundo privado das coisas. Aí me pego avaliando minhas economias com dez anos de idade (da casa de meus pais), com dezessete anos (quando fui embora pro mundo), com vinte e poucos anos, com trinta e poucos anos, agora com mais de cinquenta anos... amanhã... (falar sobre o amanhã tem se tornado uma coisa meio esquisita... ele existe pra mim ou pra qualquer ser vivo? Ou só existe este momento presente?)

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Coisas, coisas, muitas coisas

Se tivesse a metade das coisas

Ainda assim seria uma rima

Não seria uma solução...

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Ai Drummond... o mundo das coisas. As coisas do mundo.

Durante minha vida laboral, quase toda ela mesclada com militância política ou com trabalho e estudo em horário integral do acordar ao pouco dormir, sempre deixei em segundo plano as questões pessoais e as coisas da economia do lar. Sempre.

Ao ter mais tempo agora, me pego olhando estupefato o quanto acumulamos coisas, coisas, coisas. No meu caso livros, revistas, apostilas, papéis, mídias diversas, coisas do mundo da cultura. Coisas, muitas coisas. 

Jamais consegui usufruir de tudo isso, acumulava talvez num desejo de um dia poder acessar aquele conhecimento acumulado ali. E agora estou aqui, e as coisas estão ao meu redor, muitas coisas... não tenho como ler ver ouvir e estudar tudo isso e não tenho nem certeza se tudo que acumulei serve pra alguma coisa. Que foda! 

E agora, pra piorar meu dilema, a moda e a lei dos homens é a ignorância... viva a ignorância! Quem quer saber de história, de reflexão, de educação? Quem? (eu?)

Muita coisa!

Cabeça a mil... primeiro passo é interromper o processo histórico de adquirir coisas... stop! A natureza não aguenta, minha natureza não aguenta, a natureza não nos aguenta mais...

Minha economia doméstica não aguenta mais. O que compro e não con(sumo) consome mais recursos do que recebo. Estou consumindo as economias. Estou estamos consumindo a natureza e não estamos melhorando nada com isso, nada. Stop! Vou mudar isso, mesmo sabendo que não vamos mudar isso.

William


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