segunda-feira, 30 de novembro de 2020

301120 - Diário e reflexões



Segunda-feira, último dia do penúltimo mês do ano do novo coronavírus. 

A "gripezinha" - qualificativo dado à Covid-19 pelo inumano no poder do país jabuticaba - já matou 1.464.795 pessoas das 63.050.455 infectadas pelo vírus no mundo. Estados Unidos e nós somos os campeões mundiais de mortos pelo vírus Sars-CoV-2. (informações da Johns Hopkins University)

Nossa colônia dos impérios do Norte já teve 6.314.740 pessoas infectadas "oficialmente" (deve ser muito mais gente infectada, mas os números foram @#$%¨&*). Já morreram de Covid-19 (formalmente) 172.833 brasileirxs, de todas as cores e sangues. Me parece que morreram um pouco mais do que os "7 mil" que os empresários bolsonaristas disseram que poderiam morrer.

As estatísticas, no entanto, revelam que os mortos têm cor escura parda vermelha marrom preta, têm níveis baixos de renda ou não-renda. Os mortos em sua maioria são os miseráveis desta terra miserável.

Não temos vacinas ainda para a Covid-19. Quando o mundo tiver vacinas nós continuaremos sem tê-las um pouco mais. Aqui é a terra dos animais humanos bípedes que deveriam ter telencéfalos altamente desenvolvidos, mas aqui são cérebros parasitados (temos a pandemia do bolsonarismo e a do adestramento dos pobres pela Casa Grande). Mas tudo bem, temos o futebol, temos as igrejas e os "bispos", temos pobres "conservadores".

Ontem foi o dia de fechamento das eleições locais, nos mais de cinco mil municípios brasileiros. Os pobres em geral votaram nos seus algozes, na Casa Grande, nos colarinhos brancos e nos seus representantes. O povo brasileiro não vota em mulheres, não vota em gente como ele mesmo, o povo é machista, é preconceituoso. O povo é a alegria da Casa Grande. 

Tirando alguns negros e negras, algumas pessoas trans e algumas pessoas diferentes do padrão branco-Casa-Grande, os grandes vencedores foram os partidos e grupos que organizaram o golpe de Estado em 2016. Aqui, o crime compensa! Aquela gente que trabalha para o PIG não cabe na tela das TVs de tanta alegria, boca-aberta de orelha a orelha.

Registro aqui em minhas memórias em forma de diário o que afirmo desde abril de 2016. Não há democracia, existe um faz-de-conta que conta com a anuência infeliz do meu lado da classe, a classe trabalhadora, a que não detém os meios. 

Candidatos do campo popular foram impedidos de participar novamente, as eleições municipais contaram com toda sorte de irregularidades, com compras de votos filmadas (distribuição de cestas básicas por candidatos), com distribuição pública de fake news, toda sorte de lawfare contra os candidatos de esquerda. Tudo pôde contra as oposições à Casa Grande. 

Diversas disputas equilibradas foram decididas através de fake news nas últimas 48 horas, como já vem ocorrendo em diversas partes do mundo. Sem uma revolução nada vai mudar para os pobres.

Nesta segunda, as burocracias da esquerda já estão acertando discursos motivadores para que tudo continue como está. O país jabuticaba é "democrático", as instituições funcionam "normalmente", as eleições são "legítimas", a esquerda que perde reconhece e diz que a "democracia" prevaleceu (mesmo com as sacanagens que decidiram o resultado) e E la nave va...

William


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