quarta-feira, 18 de novembro de 2020

181120 - Diário e reflexões



Instantes

Quarta-feira, dia 18 de novembro do ano do novo coronavírus (a "gripezinha" já matou 1,3 milhão de marias e joões, sendo 166,7 mil no Brazil do verme que colocaram no poder). O tempo avança a cada segundo; ao menos o tempo físico, aquele que é marcado pela movimentação dos corpos no Universo. Milhões de eventos acontecem neste instante em que escrevo. Mortes acontecem; de seres vivos em geral. Mortes inexplicáveis acontecem como a de uma família sentada na sombra de falésias na praia de Pipa: o barranco caiu em cima dela. Nascimentos acontecem; o tempo todo. Conspirações são planejadas e encaminhadas. A tristeza e as diversas formas de depressão adoecem milhões de pessoas (tristeza não é doença, mas pode adoecer; depressão é doença, mas podemos estar deprê sem estarmos doentes). Gente solidária ajuda gente que precisa de algum apoio de terceiros; na verdade, todo mundo precisa dos outros, mesmo os imbecis que se acham autossuficientes. Estudantes não conseguem estudar; mesmo aqueles que gostariam de. As pessoas estão bebendo descontroladamente e estão adoecendo seus organismos. Bebem de alegria, bebem de tristeza; estão se matando do mesmo jeito: mortes explicáveis. Obama dá entrevistas por aí, e o Biden ganhou a eleição dos Estados Unidos (senhores da guerra e com Nobel da "paz"); se os democratas tomam posse ou não em janeiro é o que veremos; "cidadãos" republicanos apoiadores do trumpismo não aceitam a derrota: janeiro é futuro, e o futuro é incerto. Neste instante, milhões de mulheres no mundo sofrem diversas formas de violência dentro de suas casas. Muitas vezes, conhecemos mulheres que sofrem alguma forma de violência dentro de suas casas. Mulheres estão sós, estão mal acompanhadas, estão escravizadas, estão sofrendo. Tem gente otimista que acha que as esquerdas foram bem nas "eleições" locais brasileiras. Tem gente que acha que as esquerdas foram mal. Ficou claro que os golpistas se deram bem (chamam a direita golpista e corrupta de "centro"). No país jabuticaba o crime sempre compensa, ainda mais se é praticado contra a plebe, a massa preta parda morena descendente de homens brancos que vieram de fora do Norte na colonização e engravidaram as mulheres que aqui havia e que aqui chegaram; quase não somos filhos de "brancas", mas quase todos somos filhos de brancos; somos filhos de mulheres índias, pretas, marrons, brancas, amarelas. E a pandemia do Sars-Cov-2 segue matando; o povo está cansado do vírus (nem ligam mais para os números da pandemia do vírus); o vírus não tá nem aí pro cansaço do povo, ele quer mais é se multiplicar nas células corporais de suas vítimas e novas vítimas. No país jabuticaba os números sumiram, foram camuflados disfarçados hackeados embaralhados, agora se morrem de diversos motivos que deus quis menos de Covid-19 (dizem que é pra não atrapalhar as eleições que vão até 29 de novembro. Tem prefeito reeleito que fechou os leitos de Covid-19 no dia seguinte da reeleição; tem governador com candidato em segundo turno que só vai tomar as medidas pelo aumento dos casos no dia 30, após as eleições em 29 de novembro. Tudo com a retórica da ciência, claro!). O tempo passa... desde que este texto começou a ser rabiscado-digitado já se passaram muitos minutos, talvez hora. Pelas estatísticas do país jabuticaba, neste período de fazimento do texto, várias mulheres já foram violentadas, espancadas; várias pessoas trans foram assassinadas, várias mulheres foram assassinadas; vários menores foram abusados. Quase dois terços dos assassinados são pretas pretos pardas pardos marrons. Na última hora, várias conspirações foram acertadas e muita gente e instituições serão vítimas. E ainda tem gente solidária ajudando gente, felizmente (mas sem o Estado, só de forma voluntária, em nome de deus, do coração, da consciência etc). Eu sigo respirando, coração batendo, corpo envelhecendo, a gana que vive em meu cérebro, minha essência minha identidade, segue tentando resistir a tudo e estar por aqui como esteio de algumas pessoas queridas. Estou sem inspiração para ler e estudar os últimos textos da última matéria do último semestre na faculdade. Sem inspiração para escolher o tema do último trabalho escolar. Mas o que me preocupa são os nossos jovens, que estão sofrendo muito. Meu coração aperta dói e chora por eles (coração bate, olhos choram). Como posso ajudá-los? Talvez resistindo neste momento e tendo serenidade para esperar o tempo passar porque o tempo passa e tudo muda, tudo se transforma e o momento seguinte é o novo presente, o tempo todo temos novas possibilidades de presente. Jovens, resistam, sonhem, se puderem ajam, se não, esperem, mas resistam. Novas oportunidades vêm com o instante seguinte. Tem "eleições" (apesar das fraudes do processo eleitoral) e devemos apoiar e votar nos candidatos de nossa classe, votem na esquerda. Não bebam, ou bebam pouco, não se destruam, não se exponham (não se exponham aos inimigos e não fiquem indefesos ao estarem alcoolizados...)

William


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