sexta-feira, 15 de setembro de 2023

ICL: Compreendendo a China



Refeição Cultural

Curso do ICL: "Compreendendo a China"


Gostei do curso do professor Elias Jabbour. Ao longo de dez aulas, tivemos um panorama geral sobre a história da civilização chinesa. 

Antes de comentar os novos conhecimentos que nos foram disponibilizados pelo ICL, sugiro às leitoras e leitores do blog que avaliem se inscreverem no projeto, o ICL é fantástico.

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Na apresentação do programa do curso, consta a seguinte proposta:

"No curso vamos percorrer a história da China dos últimos 50 anos. Tentaremos mostrar uma visão ampla, baseada em profunda base histórica mediada por insights sobre a dinâmica do processo recente de desenvolvimento do país. Passaremos pelas minúcias que envolvem grandes e acertadas decisões políticas que transformaram a China no maior case de desenvolvimento econômico da história humana."

As dez aulas ministradas pelo professor Elias Jabbour foram distribuídas com a seguinte organização temática:

1. Aspectos históricos fundamentais à compreensão da China

2. Um precoce "Estado Desenvolvimentista"?

3. Sobre a Revolução de 1949

4. 1949-1978: A economia e a dinâmica de acumulação dos "Planos Quinquenais"

5. Aspectos políticos, econômicos e sociais do lançamento das reformas de 1978

6. A grande estratégia

7. Das Zonas Econômicas Especiais à "Nova Rota da Seda"

8. O segredo do combate à miséria absoluta

9. Sobre as particularidades da economia chinesa: sistema empresarial, bancos etc

10. Discutir o chamado "socialismo com características chinesas"

11. Aula tira-dúvidas com Elias Jabbour

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REFLEXÃO SOBRE OS CURSOS DO ICL

O acesso a novos conhecimentos a partir da participação como membro do Instituto Conhecimento Liberta é uma oportunidade imperdível para aquelas pessoas que ainda têm em si a curiosidade filosófica e a sede de conhecimento características de parcela dos homo sapiens.

Neste momento em que escrevo, o ICL tem disponível em sua plataforma 235 cursos para os mais diversos interesses humanos. Eu, por exemplo, carrego comigo um desejo desde jovem de conhecer línguas diversas e o ICL tem disponível 7 cursos de línguas estrangeiras, com diversos módulos. Amig@s, não é qualquer coisa isso. Acredito que se eu tiver disciplina e firmeza de propósito, posso aprender qualquer uma delas através da plataforma do ICL, ao menos no nível básico e intermediário pactuado ali.

Quando era representante eleito da classe trabalhadora e dirigente nas diversas funções que desempenhei em nome das pessoas que representava, eu estudava todos os dias, todos os dias!, para aprender a ser um bom dirigente, para saber dirigir a categoria que representava, e para desenvolver estratégias e táticas para conquistar melhorias para nós. 

UM MUNDO DE GENTE SEM NOÇÃO DAS COISAS - Uma das questões centrais que defendi e exercitei por quase duas décadas foi politizar as pessoas que representava. Como fazia isso? Dando noções básicas sobre os temas que debatíamos e contribuindo para que o representado fosse menos ignorante (não sabedor) no tema que conversávamos. As pessoas não têm noção de nada! Essa é a constatação que tive. DAR NOÇÃO ÀS PESSOAS É ALGO REVOLUCIONÁRIO!

Eu diria que os cursos disponíveis na plataforma do ICL são os remédios que possibilitam que as pessoas interessadas em conhecimento e que não se sentem à vontade e confortáveis em serem ignorantes em quase tudo possam adquirir noções elementares nos mais variados temas de interesse. A pessoa que faz um curso do ICL não vai se tornar uma especialista naquele tema, mas pode ter seu interesse despertado e isso pode gerar um ciclo novo na vida dela, indo atrás de uma formação de maior fôlego, seja formal em um curso acadêmico ou não formal através de estudos autodidatas.

A CHINA

Eu, por exemplo, me considero um ignorante no tema China. O que eu saberia dizer sobre a China e o povo chinês não passaria de algumas questões básicas e talvez mais alguma coisinha por não me considerar um analfabeto funcional ou político. Não mais que isso.

Após as aulas e o panorama geral que aprendi com o professor Elias Jabbour, sei alguma coisa a mais. Posso dizer que tenho noções melhores sobre o tema. Se olhar ao meu redor, neste momento atual do mundo, é quase como se eu fosse uma pessoa com um olho num mundo de cegos. O que não quer dizer muito. Não me esqueço do sofrimento da personagem que via naquele mundo de cegos do Ensaio sobre a cegueira, de Saramago... que sofrimento ela dizia sentir ao ver aquilo que via!... até me arrepiei ao me lembrar do romance.

Enfim, tenho hoje noções melhores sobre a China, sobre a história do povo chinês, sobre características geográficas, históricas, políticas e culturais que contribuíram para a China ser o que é hoje. Se quiser me aprofundar e conhecer um pouco mais sobre a China, é só ter disciplina e firmeza de propósito e estudar mais. 

Por exemplo, adquiri na internet por sugestão do próprio professor Elias Jabbour, dois trabalhos dele de fôlego sobre a China: suas teses de mestrado e doutorado. São dois livros. Jabbour diz que seu interesse inicial foi estudar a respeito do socialismo, de forma científica. A China apareceu como um estudo de caso. O cara meteu uma mochila nas costas e foi pra China... a história dele é fantástica!

Enfim, tenho refletido muito sobre cuidar de meu cérebro de forma carinhosa e técnica, para preservar a essência do que sou, porque minha identidade humana e tudo que sou está em meu cérebro, que podemos chamar de alma, espírito, do que quisermos.

Agradeço ao ICL e ao professor Elias Jabbour pelo conhecimento compartilhado conosco.

William

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Post Scriptum: Por causa do estudo e contato com o curso e a temática China, acabei revendo o filme belíssimo A caminho de casa, de 2007, do diretor chinês Zhang Yang. Comentários sobre o filme aqui.


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