terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Diário e reflexões



Refeição Cultural

Osasco, 30 de janeiro de 2024. Terça-feira.


O primeiro mês do ano vai terminando. Muitas coisas acontecendo na política no meu mundo, o Brasil, e no mundão de todos nós.

Estou metido com minhas leituras e escrituras. Ao trabalhar o texto de retrospectiva pessoal do ano de 2023, ainda em confecção (ler aqui), peguei para ler todas as reflexões que fiz sobre os livros que li ano passado. 

Parece que não acabam nunca as resenhas e análises literárias que fiz. Foram mais de trinta livros lidos, autores e leituras densas. Se brincar, a releitura das postagens deve dar quase duzentas páginas. Por isso tenho refletido se eu não seria mesmo alguma categoria de escritor.

Como já está acabando o primeiro mês deste ano-calendário (somos todos PJ, contribuintes dos impostos: nós que não somos ricos, claro!), também tenho que fazer minha breve reflexão sobre o mês de janeiro. Não tenho acompanhado a política como acompanhei como dirigente sindical. Não carece mais. As reflexões do passar do tempo cronológico da vida têm sido mais sob o ponto de vista pessoal.

Enfim, está calor, estou cansado física e emocionalmente, estamos com alguns afazeres domésticos também, e sigo lendo diariamente para me manter humano, para manter minhas características de animal homo sapiens e para de alguma forma partilhar o que penso e sei com as leitoras e leitores que me honram ao ler o que escrevo aqui no blog.

Estou vendo alguns filmes, além dos livros que leio e comento, e lendo matérias jornalísticas de qualidade também. Tudo que me toca fundo, sento-me e escrevo para partilhar de forma honesta a reflexão com vocês.

É isso. Registro curto hoje. Podem acreditar que li muita coisa nos últimos dias.

Abraços!

E se valer alguma dica cultural, leiam um pouco todos os dias, sem estarem conectad@s em redes sociais, desliguem-se meia hora e tentem concentrar-se no que estão lendo. Teus cérebros e tuas essências agradecerão vocês, mesmo que de forma secreta.

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ORAÇÃO DO ATEU 

De um instante ao outro

sem me dar conta do porquê,

tomei um baita susto 

olhando no espelho.

Pavoroso ver todo aquele sangue 

manchando meu branco do olho.

Eu que tanto peço ao meu corpo:

corpo corpo meu, preserve-me

olhos e pernas, pernas e olhos meus

porque ler e correr são meus prazeres,

ler e correr são minhas armas na guerra,

na guerra dos sentidos do viver.

Que não me faltem olhos!

Que não me faltem as pernas!

Que a natureza não apronte comigo!


Sorte...

Por fim, sigo sendo um homem de sorte.

Se escrevi, se ainda andei entre árvores,

é porque sigo vendo e sigo andando.

Que assim seja! 

Amém.


William


2 comentários:

Marili disse...

Viver é etecétera, já dizia Guimarães. Adorei o poema.

William Mendes disse...

Olá, querida "pro" Marili!

Que legal que gostou! Eu adoro Guimarães Rosa!

Hoje, fui procurar meu livro de Galileu e o encontrei! Assim que desapertar minha agenda de afazeres domésticos com prazos definidos, vou acabar lendo Galileu. Aí poderei trocar umas figurinhas com o professor "Chiquinho" rsrs.

Abração pro'cês!