quinta-feira, 14 de maio de 2009

Comunidades Imaginadas, de B. Anderson



Refeição Cultural

É um livro muito interessante. Aliás, encontro nele algumas explicações mais teóricas e científicas de impressões e afirmações que sempre fiz de forma intuitiva e, na minha opinião, por questões de lógica.

Eu acho que muitas das barreiras naturais contra as revoluções sociais, ou socialistas, ou comunistas, ou proletárias, são devido à própria natureza do ser humano.

(COMENTÁRIO: relendo esta frase tempos depois, fico em dúvida sobre minha afirmação de haver barreiras "naturais". Não seriam barreiras "culturais"?)


Acho que sempre haverá a sobreposição de grupos ou guetos, ou corporações, a impedir uma forma mais universal de organização sem fronteiras ou barreiras: 

"La realidad es evidente: el 'fin de la era del nacionalismo', anunciado durante tanto tiempo, no se encuentra ni remotamente a la vista. En efecto, la nacionalidad es el valor más universalmente legítimo en la vida política de nuestro tiempo." p.19


Em uma de suas reflexões, o autor não concorda ao pé da letra com a afirmação de Tom Nairn que diz: 

"La teoría del nacionalismo representa el gran fracaso histórico del marxismo". p.20


Anderson prefere dizer que: 

"Sería más correcto afirmar que el nacionalismo ha sido una anomalía incómoda para la teoría marxista". p.20


Essa polêmica é devida ao uso do pronome possessivo utilizado no manifesto comunista de Marx e Engels de 1848: 

"El proletariado de cada país debe, por supuesto, arreglar cuentas ante todo con su propia burguesía". p.20


Em relação ao conceito de Nacionalismo, Anderson entende que é melhor tratá-lo como algo semelhante a Religião e Família, do que como conceito semelhante aos termos Liberalismo e Fascismo: 

"Me parece que se facilitarían las cosas si tratáramos el nacionalismo en la misma categoría que el 'parentesco' y la 'religión', no en la del 'liberalismo' o el 'fascismo'(...) Así pues, con un espíritu antropológico propongo la definición siguiente de la nación: una comunidad política imaginada como inherentemente limitada y soberana." p.23


As 3 características principais de uma nação ou nacionalidade:

-“La nación se imagina limitada: ninguna nación se imagina con las dimensiones de la humanidad”

-“Se imagina soberana: las naciones sueñan con ser libres y con serlo directamente en el reinado de Dios. La garantía y el emblema de esta libertad es el Estado soberano”

-“Se imagina como comunidad: la nación se concibe siempre como un compañerismo profundo, horizontal” p.25


Bibliografia:

ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas - Reflexiones sobre el origen y la difusión del nacionalismo. Fondo de Cultura Económica. Quarta reimpresión 2007 de la primera edición en español 1993, fructo de la segunda edición en inglés 1991.

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