domingo, 31 de maio de 2009

Musas para o existir: Caieiro, Drummond, Graciliano.


Desenho de Mário Augusto.

(em prosa)

Não pode ser, aceitar a ideia de sobrevida diária passivamente, pacificamente.
Não pode ser, conformar-se em ser infeliz cotidianamente, diuturnamente.
Talvez a inspiração em Caieiro seja a solução: não pensar, não buscar motivos; só existir.

Atingido o primeiro estágio, nada mau transfigurar-se em Drummond para seguir adiante: parecer delicado, porém ser forte e robusto, com as palavras e atos; parecer negativo, porém explodir esporadicamente em esperanças; parecer escondido atrás dos óculos e bigode, porém irradiar sempre.

Atingido o segundo estágio, o ideal, o meu ideal, ser conciso como Graciliano: dizer apenas o necessário, mas de forma incontestável; nunca estar satisfeito com a forma, por acreditar ser possível dizer mais com menos.

Wmofox, 8/4/06

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