Assisti há pouco ao filme Marley & eu.
Quem diria! Não é que o filme, ou melhor, a velha história da relação entre homens e cachorros, me emocionou!? É o mesmo que senti quando assisti ao filme My dog Skip.
Às vezes, acho que é injusto não dar um cachorro para meu filho, mas nós moramos em apartamento e isso é uma judiação para o animalzinho.
Porém, e afinal de contas, fico em dúvida, pois quase toda criança tem ou teve um bicho de estimação.
Eu tive o Leique durante toda a minha infância. Foi o único cachorro da minha vida. Mas foram vários anos. A maior parte deles, felizes.
Lembro-me quando ele chegou em uma cestinha. Ele era muito pequenininho. Se pequinês já é pequeno, imagine um filhote com poucos dias. Hoje, praticamente já não existe essa raça de cachorro no Brasil.
As coisas também são bem diferentes. Por exemplo, o Leique sempre comeu o mesmo que nós da casa comíamos. Sempre tomou banho em casa, no chuveirinho do banheiro ou no quintal.
Parece papo de alienígena quando eu faço críticas a essa indústria Pet da contemporaneidade. Eu sigo insistindo que as frescuras ditadas e exigidas e "obrigatórias" que afirmam que cachorro não pode comer comida é conversa pra boi dormir. (é conversa pra tirar muito dinheiro dos donos)
Aliás, será que os cachorros que acompanham as pessoas em situação de rua não são cachorros? Ou os cachorros são diferentes porque são de donos diferentes? Dá receio até de perguntar se os humanos que comem as comidas caras e limpinhas são humanos diferentes dos que comem o que tiver e onde estiver.
Meu cachorro, o Leique, viveu da década de setenta até o início da década de oitenta. Morreu com cerca de 13 anos e teve uma vida plena.
Teve também beleza. Teve pelo macio e lustroso. E viveu sua longa vida comendo após os donos, e comendo arroz, feijão, carne, macarrão, fruta, pão, ovo, alguns tipos de ossos não pontiagudos e tudo o que tinha nas refeições da família.
Nós sofremos muito quando ele morreu velhinho e cego. Morreu em casa. Foi enterrado no fundo do quintal.
Minha família teve sua história com o Leique; assim como o Skip e o garotinho; assim como o Marley e a família Grogan; assim como o Ralph da Ione; assim como o Chung e a Malu (e agora a Pituca) de meus tios paulistas; assim como os cachorros enormes do meu primo mineiro Jorge.
O livro Marley & Eu, que dei de presente para a Ione e que na verdade foi lido mesmo é por meu filho, e o filme baseado no livro de Grogan é leve, simples, e nos faz rir e chorar.
Post Scriptum (7/09/15, à 1:45h):
Reli a postagem e sigo pensando a mesma coisa de seis anos antes.
3 comentários:
Bem diferente de você eu tive muitos cães e todos me marcaram de alguma maneira, (até com os dentes), mas o que ficou mesmo foi a Diana, uma vira-lata bege com branco. Meu primeiro cão me fez sofrer tanto na época em que foi embora que acho que petrificou um pouco meu coração.
Quem diria meu irmão! Se dobrando aos caprichos capiciosos da indústria cinematográfica "hollywoodiana"... rsrsrs
Brincadeira grande camarada (e amigo) William... O filme deve ser legal sim e há muitas coisas boas na produção cinematográfica dos estadunidenses...
Grande abs,
Rafa
B dia camarada! Me diz aí: como este garoto inocente, ao lado de seu cão, foi se transformar em um voraz homem da esquerda, hein? hehehe...Brincadeira.
Mas, vamos ao que interessa! O filme é realmente ótimo. Vi ainda no cinema e também me surpreendi.
Lembra ao ser humano de que há muito o que aprender com outros animais, por mais que ele insista em não acreditar. Enfim, o encontro do pior cão do mundo com o homem mais feliz do mundo.
Abs
Júnior Barreto
Postar um comentário