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Refeição Cultural
Lendo um pouco sobre economia, num velho livro que tenho em casa, do professor de economia Rossetti, achei este excerto bastante interessante.
Ele fala um pouco sobre o papel dos economistas e a verdadeira missão da ciência econômica, algo como auxiliar os governantes nas decisões que versarão sobre os recursos disponíveis para determinadas prioridades políticas e sociais.
"Não resta dúvida - escreveu Marshall (1842-1924), um dos mais importantes economistas de sua época - que, na religião, nas afeições de família e na amizade, mesmo o pobre pode encontrar razões para muitas das faculdades que são a fonte da mais alta felicidade. Entretanto, as condições que envolvem a extrema pobreza, especialmente em lugares densamente povoados, tendem a amortecer as faculdades superiores. Contentando-se com suas afeições para com Deus e o homem e, às vezes, mesmo possuindo certa natural delicadeza de sentimentos, os pobres podem levar uma vida menos incompleta do que a de muitos que dispõem de maior riqueza material. Mas, apesar de tudo isso, sua pobreza lhes é um grande e quase insolúvel mal. Mesmo quando estão bem sofrem do esgotamento e seus prazeres são poucos. Com excesso de trabalho e insuficiência de instrução, cansados e deprimidos, sem tranquilidade e sem lazer, não têm oportunidade para aproveitar o melhor de suas faculdades mentais. Conquanto alguns dos males que comumente vêm com a pobreza não sejam consequências necessárias desta, de uma forma geral, a perdição do pobre é a pobreza, e o estudo das causas da pobreza é o estudo das causas da degradação de uma grande parte do gênero humano."
Outra citação importante, de Nilson Holanda é a seguinte:
"Nos países subdesenvolvidos o estudo das Ciências Econômicas, antes de se constituir em simples preocupação acadêmica, tem por objetivo precípuo desenvolver instrumentos de análise que facilitem a identificação dos problemas básicos da comunidade e possibilitem o uso mais racional dos escassos recursos disponíveis, com vistas a acelerar o processo de desenvolvimento."
No Brasil, um dos maiores mestres da área econômica e política e ícone em relação ao pensar o desenvolvimento econômico para melhorar a situação do povo brasileiro foi o professor Celso Furtado.
Um conceito que precisamos explicitar para os leitores mais progressistas e estudiosos da economia é que, em termos de justiça social, nada vale focar o desenvolvimento sem associá-lo à distribuição equânime, para o povo, de seu resultado econômico efetivo.
Bibliografia:
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 16a Edição de 1994. Ed. Atlas.
Ele fala um pouco sobre o papel dos economistas e a verdadeira missão da ciência econômica, algo como auxiliar os governantes nas decisões que versarão sobre os recursos disponíveis para determinadas prioridades políticas e sociais.
"Não resta dúvida - escreveu Marshall (1842-1924), um dos mais importantes economistas de sua época - que, na religião, nas afeições de família e na amizade, mesmo o pobre pode encontrar razões para muitas das faculdades que são a fonte da mais alta felicidade. Entretanto, as condições que envolvem a extrema pobreza, especialmente em lugares densamente povoados, tendem a amortecer as faculdades superiores. Contentando-se com suas afeições para com Deus e o homem e, às vezes, mesmo possuindo certa natural delicadeza de sentimentos, os pobres podem levar uma vida menos incompleta do que a de muitos que dispõem de maior riqueza material. Mas, apesar de tudo isso, sua pobreza lhes é um grande e quase insolúvel mal. Mesmo quando estão bem sofrem do esgotamento e seus prazeres são poucos. Com excesso de trabalho e insuficiência de instrução, cansados e deprimidos, sem tranquilidade e sem lazer, não têm oportunidade para aproveitar o melhor de suas faculdades mentais. Conquanto alguns dos males que comumente vêm com a pobreza não sejam consequências necessárias desta, de uma forma geral, a perdição do pobre é a pobreza, e o estudo das causas da pobreza é o estudo das causas da degradação de uma grande parte do gênero humano."
Outra citação importante, de Nilson Holanda é a seguinte:
"Nos países subdesenvolvidos o estudo das Ciências Econômicas, antes de se constituir em simples preocupação acadêmica, tem por objetivo precípuo desenvolver instrumentos de análise que facilitem a identificação dos problemas básicos da comunidade e possibilitem o uso mais racional dos escassos recursos disponíveis, com vistas a acelerar o processo de desenvolvimento."
No Brasil, um dos maiores mestres da área econômica e política e ícone em relação ao pensar o desenvolvimento econômico para melhorar a situação do povo brasileiro foi o professor Celso Furtado.
Um conceito que precisamos explicitar para os leitores mais progressistas e estudiosos da economia é que, em termos de justiça social, nada vale focar o desenvolvimento sem associá-lo à distribuição equânime, para o povo, de seu resultado econômico efetivo.
Bibliografia:
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 16a Edição de 1994. Ed. Atlas.
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