sexta-feira, 12 de julho de 2024

48 de 100 dias



48. Hoje foi dia de adquirir novos conhecimentos. Participei de uma roda de conversa em nossa associação dos funcionários aposentados do BB sobre as big techs com o professor Sérgio Amadeu, da UFABC. 

A palestra e o debate foram essenciais para compreender melhor as chamadas "IA" e aperfeiçoar minhas impressões sobre o fim das democracias e o risco de transformação dos seres humanos nas baterias dessa matrix global neoliberal. Nós viramos commodities, somos a mercadoria dados, assim como existem as mercadorias soja, milho, minério etc.

Sérgio Amadeu reforça a explicação do neurocientista Miguel Nicolelis e do linguista Noam Chomsky de que não existe "Inteligência Artificial (IA)". Essas plataformas digitais trabalham com bancos de dados, são máquinas que analisam dados e desenvolvem padrões. Isso não tem nada que ver com inteligência. 

Uma criança de dois ou três anos é inteligente, essas "Machine Learning" não são. Uma criança desenvolve padrões com alguns dados, 3 ou 4, e uma IA precisa de milhões de dados para definir padrões. 

Exemplo: mostre 3 ou 4 chupetas a uma criança e ela desenvolverá o padrão sobre aquilo. Se você mostrar uma 5ª chupeta diferente, a criança já saberá o que é aquilo, como funciona e para que serve. 

E uma IA? Precisará de milhares ou milhões de modelos de chupeta (um dado) para compreender e desenvolver padrões, o que a criança faz com poucos dados.

Faz tempo que venho desenvolvendo reflexões sobre esse domínio das big techs sobre países e seres humanos. Algo precisa ser feito para salvar a humanidade e o planeta, pois isso tem relação absoluta com o capitalismo. 

Essas empresas de plataformas estão consumindo água e energia elétrica assustadoramente e vão continuar crescendo porque é da natureza do negócio. Aquilo que se conhece como "informações guardadas nas nuvens" são depósitos gigantes com milhares de computadores que precisam ser resfriados 24h por dia.

Os humanos alimentam essas máquinas com dados e a natureza com seus recursos escassos... e algumas espresas vendem acesso a esses dados (uns 10 humanos por trás). O domínio do mundo hoje pertence a umas 10 pessoas...

William 

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