Refeição Cultural
"Cila é que me arrebata uns seis guerreiros
De esforço e brio; olhando para os bancos,
Pernas lhes vejo e braços pelos ares;
Na agonia final por mim bramavam." (LIVRO XII, v. 181-184, p. 227)
Neste domingo, retomei a leitura da Odisseia, de Homero. Minha edição é a da tradução do maranhense Odorico Mendes, edição a cargo do professor Medina, da FFLCH.
Neste Canto XII, Ulisses saiu do inferno (Hades) e agora enfrenta as predições que os deuses lhe anteciparam. Terá que enfrentar a tentação do canto das sereias, seus marinheiros com cera nos ouvidos e ele amarrado à viga de sua nau.
Superando esse obstáculo, terá pela frente os desafios tenebrosos de Cila e Caríbdis. Pela cena que ilustrei acima, vê-se que a predição se realizou. O mostro de várias pernas e cabeças Cila devora seis tripulantes da nau de Ulisses.
Mas suas desgraças não param por aí. Foi dito a ele que não permitisse que seus homens comessem os rebanhos que estavam pastando na Ilha dos rebanhos, porque os rebanhos eram do deus Sol. É óbvio que os caras mataram e comeram bois e ovelhas! São humanos, demasiadamente humanos...
O Canto ou Livro XII termina com a vingança dos deuses, que destroçam a nau de Ulisses. Ele se salva sozinho e vai parar na ilha de Calipso, onde passou muito tempo e já conhecemos essa parte da história, narrada nos livros anteriores da epopeia.
Ler aqui a postagem anterior, sobre a leitura do Livro XI.
Abraços a vocês, leitor@s que resistem ao mundo irracional do negacionismo e da destruição massiva do planeta pelo capitalismo.
William
Bibliografia:
HOMERO. Odisseia. Tradução de Manuel Odorico Mendes. Edição de Antonio Medina Rodrigues. - 2. ed. - São Paulo: Ars Poetica: Editora da Universidade de São Paulo, 1996. - (Coleção Texto & Arte; 5).
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