Osasco, 5 de junho de 2022. Domingo.
O que se passa em minha mente neste momento? Diversas coisas. No âmbito pessoal, preocupação com pessoas da família. No aspecto social, diversas preocupações me tocam, coisas que geram uma tristeza desoladora e que não temos como interferir, somos impotentes em relação aos acontecimentos.
Estou também muito reflexivo com a história do jovem Jesse e seu cachorro Shurastey, que faleceram dias atrás após cinco anos de uma das aventuras mais incríveis que já vi ser feita por um jovem, seu cachorro e seu fusca 1978, o Dodongo. Eles estavam próximos de atingir o objetivo final, o Alasca.
Sobre o Jesse e seu cão golden retriever, soube do acidente que interrompeu a viagem deles dois ou três dias depois do fato e desde então passei a ver os vídeos editados por Jesse em seu canal do YouTube. São vídeos incríveis! Qualquer hora vou escrever a respeito. A história desse rapaz e seu adorável amigo fizeram com que eu voltasse no tempo e estou o tempo todo revendo meus vinte e poucos anos...
Estou vendo a edição do jeito que ele organizou, estou terminando a etapa 1 de sua trip, a viagem a Ushuaia, a primeira desde que saiu de Balneário Camboriú (SC), em maio de 2017. Olhando minha agenda de trabalho da época (31/3) estive na região no mesmo período, visitando as unidades de saúde da Cassi em Florianópolis, Joinville e Balneário Camboriú.
A vida nos ensina com o passar dos anos de vivência o quanto somos impotentes e limitados para interferir nos acontecimentos da vida e nas escolhas das pessoas. Achei até interessante ver uma chamada em página de jornais de uma jornalista dizendo que o fato de ter virado mãe foi algo difícil para ela porque ela gostava de ter controle de sua própria vida... isso é uma espécie de ilusão, nós não temos controle sobre nossa vida nem sobre a vida de ninguém. A vida é assim, uma jornada imprevisível, por mais que se tente planejar e prever tudo! (me lembrei de quando li A idade da razão, de Sartre...)
Enfim, a questão mais importante sobre a vida e os acontecimentos cotidianos da vida e do viver é a forma como as pessoas lidam com as coisas. Posso aproveitar o exemplo do jovem Jesse para dizer o que penso: a atitude de Jesse em relação aos acontecimentos que foram se passando ao longo dos cinco anos de aventuras é uma atitude a se observar e refletir. O rapaz fez muita porraloquice, coisa que 99% das pessoas não fariam, mas a atitude dele diante das dificuldades é muito louvável! O cara encarava os problemas de uma forma excepcional, de boas. Sou daqueles que endossam o que Jesse fez. Ele foi feliz demais! Talvez eu e vocês nunca tenhamos chegado aos pés dele em grau de realizações e felicidade...
Por fim, das diversas preocupações com o Brasil, o mundo, os seres humanos e a natureza como um todo, tenho vivido uma bad terrível em relação aos brasileiros e brasileiras. Tô num momento de descrença total nos seres humanos. Todos sabemos que os poucos beneficiários do atual modelo econômico e político que vigora no mundo, o capitalismo e o neoliberalismo, estão pouco se lixando para a destruição de tudo e nenhum de nós faz nada para impedir que isso continue até o fim. É uma loucura! Onde estão os exércitos de voluntários para proteger nossos biomas da destruição por meia dúzia de filhos da puta? Não tem... segue a destruição... os caras tão passando a boiada...
Registrado alguns instantes do que penso.
William
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