Prof. Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, 37ª edição 1999, 16ª reimpressão de 2006)
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Prof. Hildebrando A. de André (Gramática Ilustrada, 3ª edição de 1982)
COMPLEMENTO NOMINAL
Hildebrando:
Complemento nominal é o termo da oração que completa a significação transitiva de um nome. Vem sempre ligado por preposição.
Na explicação do complemento, Hildebrando faz uma comparação com os complementos verbais – objeto direto e indireto.
- “matar os mosquitos” – ação transitiva “matar” com o objeto direto “os mosquitos”.
- “matança dos mosquitos" – ação transitiva “matança” com o complemento nominal “dos mosquitos”.
Outros exemplos: “confiar em Deus” – “confiança em Deus”; “gostar do vinho” – “gosto pelo vinho”; “assaltar o banco” – “assalto ao banco”.
Diz ser comum os nomes que pedem complementos nominais serem da mesma raiz de verbos transitivos.
Exemplos que não têm relação com raízes verbais: “ávido por dinheiro”; “caridoso com os pobres”; “eficácia contra a doença”.
As palavras que pedem complementos nominais são substantivos, adjetivos e, mais raramente, advérbios:
Ex.: “leitura do livro” (substantivo); “prejudicial à lavoura” (adjetivo); “favoravelmente aos jovens” (advérbio).
Bechara:
O gramático utiliza subdivisões para classificar as “expansões de substantivos”, de acordo com a realidade comunicada e de certas relações gramaticais dela.
Na comparação com Hildebrando, este diz serem os complementos nominais semelhantes aos complementos verbais – objeto direto e indireto, enquanto Bechara apresenta diversas categorias de complementos:
- “a resolução do diretor” – CN subjetivo (o diretor resolveu).
- “a prisão do criminoso pela polícia” – CN subjetivo passivo (o criminoso foi preso).
- “a remessa dos livros” – CN objetivo (alguém remeteu os livros).
- “a resposta ao crítico” – CN objetivo indireto (alguém respondeu ao crítico).
- “o assalto pelo batalhão” – Complemento de agente ou de causa eficiente.
- “a ida a Petrópolis” – CN circunstancial.
De modo geral, a gramática tradicional tem apontado complementos nominais restritos a processos de nominalizações que envolvem substantivos, a adjetivos ou a advérbios. Mas há outros que devem sua presença a traços semânticos do núcleo nominal, independentes de nominalizações. (Bechara p.454)
-Substantivos relacionais – relações entre indivíduos: o pai de Eduardo; a tia do Daniel; a colega de Georgete. Também referidos a partes constitutivas de uma entidade: os braços da dançarina; o galho da árvore.
-Substantivos icônicos – designam representação, tais como retrato, quadro, fotografia, filme, película etc quando referidos a entidades retratadas, pintadas etc.
Note-se a diferença entre:
(1) O retrato de Machado de Assis (termo argumental).
(2) O retrato da galeria (adjunto adnominal).
COMPLEMENTO NOMINAL
Hildebrando:
Complemento nominal é o termo da oração que completa a significação transitiva de um nome. Vem sempre ligado por preposição.
Na explicação do complemento, Hildebrando faz uma comparação com os complementos verbais – objeto direto e indireto.
- “matar os mosquitos” – ação transitiva “matar” com o objeto direto “os mosquitos”.
- “matança dos mosquitos" – ação transitiva “matança” com o complemento nominal “dos mosquitos”.
Outros exemplos: “confiar em Deus” – “confiança em Deus”; “gostar do vinho” – “gosto pelo vinho”; “assaltar o banco” – “assalto ao banco”.
Diz ser comum os nomes que pedem complementos nominais serem da mesma raiz de verbos transitivos.
Exemplos que não têm relação com raízes verbais: “ávido por dinheiro”; “caridoso com os pobres”; “eficácia contra a doença”.
As palavras que pedem complementos nominais são substantivos, adjetivos e, mais raramente, advérbios:
Ex.: “leitura do livro” (substantivo); “prejudicial à lavoura” (adjetivo); “favoravelmente aos jovens” (advérbio).
Bechara:
O gramático utiliza subdivisões para classificar as “expansões de substantivos”, de acordo com a realidade comunicada e de certas relações gramaticais dela.
Na comparação com Hildebrando, este diz serem os complementos nominais semelhantes aos complementos verbais – objeto direto e indireto, enquanto Bechara apresenta diversas categorias de complementos:
- “a resolução do diretor” – CN subjetivo (o diretor resolveu).
- “a prisão do criminoso pela polícia” – CN subjetivo passivo (o criminoso foi preso).
- “a remessa dos livros” – CN objetivo (alguém remeteu os livros).
- “a resposta ao crítico” – CN objetivo indireto (alguém respondeu ao crítico).
- “o assalto pelo batalhão” – Complemento de agente ou de causa eficiente.
- “a ida a Petrópolis” – CN circunstancial.
De modo geral, a gramática tradicional tem apontado complementos nominais restritos a processos de nominalizações que envolvem substantivos, a adjetivos ou a advérbios. Mas há outros que devem sua presença a traços semânticos do núcleo nominal, independentes de nominalizações. (Bechara p.454)
-Substantivos relacionais – relações entre indivíduos: o pai de Eduardo; a tia do Daniel; a colega de Georgete. Também referidos a partes constitutivas de uma entidade: os braços da dançarina; o galho da árvore.
-Substantivos icônicos – designam representação, tais como retrato, quadro, fotografia, filme, película etc quando referidos a entidades retratadas, pintadas etc.
Note-se a diferença entre:
(1) O retrato de Machado de Assis (termo argumental).
(2) O retrato da galeria (adjunto adnominal).
(3) O quadro do Grito do Ipiranga de Vítor Meirelles do Museu de Belas Artes.
- do Grito do Ipiranga (termo argumental);
- de Vítor Meirelles (termo argumental);
- do Museu de Belas Artes (adjunto adnominal).
- do Grito do Ipiranga (termo argumental);
- de Vítor Meirelles (termo argumental);
- do Museu de Belas Artes (adjunto adnominal).
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