O céu. Sempre novo! |
Refeição Cultural
Que o novo não seja o velho. Que as renovações busquem as rupturas com o velho que não deu certo, ou que deu certo por um tempo até que não desse mais certo e viessem as derrotas múltiplas. Que os velhos que não são o novo se renovem e pratiquem o novo, a novidade que seja ruptura e não adaptações daquilo que ficou velho e não foi suficiente para impedir as múltiplas derrotas. Pelo amor dos deuses, inventados por nós como novidades (que sempre voltam, por mais velhas que sejam)! Que os novos não se apropriem dos hábitos ruins dos velhos e dos novos velhos! Que o novo seja mudança de rota, já que a rota está nos levando para o desfiladeiro, para a morte certa, sem ponte à frente, sem pinguela que nos leve a uma esperança de pisar terras novas cultiváveis. Os tempos são de gente comum, gente mediana, gente medíocre. Isso já vem de um tempo. Talvez de ancient times. Nós fomos gente comum. Mas o que pode ser um ponto fraco, pode ser um ponto forte: a humildade, a unidade que constrói coletivos fortes. Ao somarmos um monte de comuns, de medianos, de medíocres dedicados, esforçados, temos um coletivo, um feixe de gravetos amarrados e mais difícil de se partir. Nossos inimigos se apropriaram da técnica de reunir os medíocres, os comuns, e os medíocres nos derrotaram com o que há de pior por aí. Os medíocres deles foram reunidos, enfeixados, e agora gritam e se impõem ao restante, talvez à maioria, mas gritam e não têm nenhum daqueles freios e máscaras sociais que nós os comuns e medíocres de cá aprendemos a ter como referência dos limites sociais (os limites entre a civilidade e a barbárie). Um mundo de medíocres, é o mundo que vivemos. Vivemos e morremos. Desejo e torço para que o nosso lado esteja gestando e parindo os novos que sejam a ruptura com o velho que deu certo até um tempo e que já não dá mais para o momento. Não tem como torcer para que o nosso novo não dê certo, é a nossa existência que está colocada nesse jogo de novos e velhos disputando um mundo que só é, e só está aí, e nós nele. Boa sorte e boas atitudes aos nossos novos! Aos nossos novos velhos! Aos nossos velhos novos! Que venha o novo!
Desejo de um da câmara dos comuns.
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