quinta-feira, 8 de outubro de 2020

081020 - Diário e reflexões


Refeição Cultural

Estamos no dia 8 de outubro do ano do aparecimento da pandemia do novo coronavírus no mundo. Ao sair para a rua, temos que colocar máscaras de proteção (como as focinheiras que se põem nos cachorros-feras). Eu detesto colocar máscaras. De verdade, detesto ter que fazer isso. Mas faço! É o que se tem que fazer. Questão cívica, ética, racional, solidária... política.

Interessantes as cenas cotidianas nesta nova realidade do mundo sob pandemia. Os cachorros-feras não usam focinheiras, mas seus donos usam (há anos, eu já achava engraçado os cachorros levarem seus donos para passearem enquanto aqueles cagavam nas calçadas e os donos eram puxados por eles com suas caras nas telas de celulares). 

Ao mesmo tempo, muitas bestas-feras como as lideranças fascistas que estão no poder do mundo necrocapitalista não usam as focinheiras-máscaras. Basta vermos como exemplos dois animais humanos que ocupam a presidência dos maiores países das Américas.

Em relação à pandemia e a volta àquela normalidade anterior a ela, aquela "somente" de destruição do mundo e da exploração do necrocapitalismo, mas sem máscaras no rosto e mortes pelo vírus Sars-Cov-2 (Covid-19), não estamos perto da normalidade. De acordo com a entrevista que li com o médico e cientista Miguel Nicolelis e com os especialistas ouvidos no programa "Diálogos Capitais", ambos no site da revista Carta Capital, são quase nulas as chances de termos uma vacina antes de meados do ano de 2021. É muito duro isso!

No momento, o mundo contabiliza 36 milhões de infectados, sendo 2 milhões de novos casos só na última semana. Já morreram oficialmente de Covid-19 mais de um milhão de pessoas. No Brasil destruído e entregue ao caos após o golpe de Estado de 2016, temos 5 milhões de infectados pelo vírus e 148.228 mortos oficialmente. Como o país testa pouco e existe um mascaramento da doença, alguns especialistas dizem que o número de mortos pode ser de mais de 200 mil pessoas.

Fica aqui o registro neste blog de um cidadão brasileiro. A pandemia do bolsonarismo segue sendo de consequências muito piores que a de Covid-19. Qualquer dia desses, daqui um ou dois anos, haverá uma vacina para a pandemia virótica, mas as consequências da pandemia de demência e mau-caratismo que infectou boa parcela dos animais humanos que vivem nesta terra serão para sempre. A destruição do meio ambiente, dos direitos do povo e das coisas públicas não terá volta. Acabamos.

William

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