Refeição Cultural - Carta Capital 1169
O GOLPE DE BOLSONARO
A leitura em atraso da edição impressa da revista Carta Capital não altera o efeito das informações que obtive nela, mesmo lendo a revista duas semanas após a publicação.
O inominável no poder, por exemplo, é capa da revista com o tema do golpe de Estado. Na edição, a patifaria dele era com a invenção do voto impresso. O Congresso não aprovou a nhaca e neste momento em que escrevo o canalha articula golpe com sublevações das forças militares e policiais para o 7 de setembro.
Dos artigos na edição, gostei muito do artigo de Aldo Fornazieri "Democracia débil". O eixo de sua argumentação é sobre cultura e valores democráticos. A ideia me fez lembrar muito da forma como exerci mandatos eletivos por 16 anos.
"Os principais responsáveis pela disseminação de cultura e valores são os grupos dirigentes" (p. 33)
Foi baseado nessa premissa que fiz um mandato na Cassi com 170 agendas de gestão junto às bases sociais que representei por 4 anos. Idem em relação às mais de 650 postagens sobre a área que atuei e sobre o mandato. Eu fiz um vídeo de leitura em voz alta do artigo. Se interessar a leitura, é só clicar aqui.
Na seção "Economia" gostei muito da matéria "A economia e a armadilha das redes", de Gabriel Galípolo e Luiz Gonzaga Belluzo. A chamada do texto diz: "MÍDIAS SOCIAIS - Influenciável e crédula, a massa não conhece nem a dúvida nem a incerteza, vai logo ao extremo".
A matéria é profunda! Cita a ideia de McLuhan "O meio é a mensagem" e esclarece muito o que estamos vivendo no momento da história da sociedade humana.
MESMO EFEITO DA COCAÍNA - "Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado da Califórnia mostrou que o mesmo sistema acionado pela cocaína é observado em usuários dependentes do Facebook." (p. 42)
MASSA INFLUENCIÁVEL E CRÉDULA - "A massa é extraordinariamente influenciável e crédula; é desprovida de crítica; para ela o improvável não existe. Ela pensa por imagens que se evocam associativamente umas às outras, tal como ocorre ao indivíduo nos estados do livre fantasiar, e nenhuma instância razoável afere sua correspondência com a realidade. Os sentimentos da massa são sempre muito simples e muito exagerados. Assim a massa não conhece nem a dúvida nem a incerteza. Ela vai logo ao extremo; a suspeita manifestada logo se transforma em certeza irrefutável, um germe de antipatia se transforma em ódio selvagem..." (p. 43)
Por fim, na seção "Nosso Mundo", fiquei sabendo que o povo do Líbano está na pior um ano após aquela explosão pavorosa que destruiu parte da cidade de Beirute. Que tragédia! Estão sem governo, a corrupção corre solta, o povo está sem recursos básicos e muitos se lançam ao Mediterrâneo para buscar um lugar pra viver.
É isso! Me dá uma certa preguiça ler a revista de cabo a rabo, mas estou me esforçando para ler as edições de Carta Capital. A prática da leitura de textos desse gênero é importante para nosso cérebro. Podem acreditar nisso que estou dizendo. Salvem suas inteligências e seus neurônios com leituras de fôlego e não fiquem só em memes, títulos e chamadas de notícias e textos curtos e rápidos.
William
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