19/4/20. |
Refeição Cultural
Olhar para trás...
A história do personagem Benjamin Button me chamou a atenção na segunda vez que vi o filme. Os tempos eram de guerra e os homens se matavam nos campos de batalha da 1ª Guerra Mundial quando um relojoeiro que perdeu o filho na guerra fez o relógio da estação ferroviária com um mecanismo diferente: os ponteiros andavam para trás. Queria ele que o tempo pudesse voltar e os jovens não tivessem morrido na guerra, sequer ido para a guerra. Nisso, nasceu naqueles dias uma criança com características de uma pessoa muito idosa e, com o passar do tempo, a criança foi rejuvenescendo. Enquanto as demais pessoas envelheciam, Button ficava mais jovem.
A ideia que mais gostei do filme foi a da possibilidade do tempo voltar, essa fantasia foi a que mais mexeu comigo. Ao ver a que ponto chegamos da estupidez humana nos dias que correm, gostaria que fosse possível voltarmos ao passado e refazer o caminho e não termos a milícia no poder, não termos o Brasil destruído como está após o golpe de 2016 e gostaria, sobretudo, que o povo tivesse tido a oportunidade de estar neste momento trágico de pandemia mundial sob o comando de um estadista como Lula, impedido de ser presidente em 2018. A morte de 580 mil brasileiros pelo Covid-19 equivale a diversas guerras juntas e com um presidente de verdade como Lula estaríamos vacinados e a vida do povo seria o foco do governo do país.
É isso. Olhar para trás no meu perfil na rede social é lembrar como as coisas eram ou estavam e para onde caminhavam até que um golpe interrompeu a nossa vida e pôs tudo a perder para o povo brasileiro. Onde erramos tanto?
William
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AGOSTO DE 2021
Estamos no mês de agosto. O mundo enfrenta uma pandemia mundial de coronavírus desde o início de 2020. A vida mudou drasticamente para os seres humanos. A realidade factual demonstra que os capitalistas ficaram muito mais ricos e bilhões de pessoas tiveram suas vidas pioradas e as perspectivas de um futuro melhor quase desapareceram. O viver para bilhões de seres humanos virou praticamente uma luta diária pela sobrevivência, e só.
No Brasil, uma espécie de suicídio coletivo em 2018 colocou na presidência da república um sujeito demoníaco (expressão estranha para um ateu usar). Digo demoníaco porque a palavra é forte o suficiente para transmitir o que quero dizer, o sujeito equivale a toda a representação do mal, ele é o mal, não só porque seja mau, mas porque é sádico, é um psicopata, representa os interesses do que há de pior no Brasil e, pelo poder que tem um presidente, influenciou e mudou o ambiente no qual vivíamos no país há dezenas de anos. Viver no Brasil para aqueles que têm um mínimo de consciência e formação política se tornou uma tortura, e o sujeito no poder sabe que nos tortura ao fazer o que faz diariamente. Somos vítimas do sadismo do animal humano no poder central.
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JULHO DE 2021
Mês passado, em julho, finalizei a leitura do livro O verdadeiro criador de tudo (2020), do neurocientista Miguel Nicolelis, sobre o cérebro humano. A leitura me transformou, me trouxe respostas para perguntas que nem havia feito. Passei a ver o mundo e a vida de forma diferente. Também terminei a leitura do clássico Odisseia, na tradução em versos de Odorico Mendes.
Mesmo com medo de pegar Covid-19, participei dos dois dias de luta pelo fora bolsonaro - #3J e #24J - e no fim do mês postei o seguinte apelo aos familiares:
"30/7/21
Sobre o brazil do bolsonaro
Como ainda tenho alguns familiares bolsonaristas no Facebook, eu me pergunto e pergunto a eles, de coração (porque eu os amava) se há consciência a respeito do que eles fizeram com o Brasil e o futuro de todos nós ao apoiarem o golpe contra a presidente Dilma, uma cidadã honesta, e ao votarem no bolsonaro em 2018. Não precisa me dizer publicamente, mas gostaria que refletissem a respeito porque a história não acabou, se não interrompermos essa tragédia, coisas inimagináveis podem acontecer conosco, com os bolsonaristas comuns e com o restante do povo.
Pensem e nos ajudem a salvar o Brasil e nossas vidas."
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JUNHO DE 2021
A recuperação do companheiro e amigo Jacy Afonso foi uma das melhores notícias do mês de junho. A Covid-19 quase tirou a vida de nossa liderança. Todos os meses do ano, soubemos da perda de lutadores e lutadoras do povo trabalhador que conviveram conosco por longo tempo.
Depois de muito tempo, eu consegui terminar a leitura do livro autobiográfico de Nelson Mandela. É uma história tão atual! É só olharmos o momento brasileiro após o golpe de 2016 e vermos a situação de dezenas de milhões de pessoas sem direitos, sem nada. Nosso apartheid secular está cada dia mais oficial e formal e estamos sob os ataques aos direitos e abusos de poder por parte dos brancos que articularam o golpe de Estado.
Fiz a minha parte como cidadão e participei das manifestações populares exigindo a saída do genocida da presidência da república. O #19J foi muito bom na Avenida Paulista em São Paulo e em todo o Brasil e demais países do mundo.
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MAIO DE 2021
Feliz por ter participado das manifestações do povo de luta contra o genocida no poder. O #29M reuniu centenas de milhares de pessoas nas ruas e praças do país e do mundo.
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OLHANDO UM POUCO MAIS PRA TRÁS:
ABRIL DE 2020
Dia 20 - VIAJEM COM A IMAGINAÇÃO!Dia 19 - AMOR
Dia 17 - PELO FIM DO CAPITALISMO
#Cooperativismo # Associativismo
Dia 15 - COMO ACREDITAR NA CIVILIZAÇÃO?
Quando as pessoas mais próximas a você afirmam, ainda hoje, que TODOS os políticos são corruptos, o que esperar do presente e do futuro a não ser guerra, barbárie e autoritarismo dos mais fortes? E o império da força, das armas e da violência?
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