terça-feira, 10 de agosto de 2021

Lendo Espumas Flutuantes, Castro Alves



Refeição Cultural

Hoje comecei um novo projeto de leitura de poesias em voz alta. Agora vou ler os poemas de Espumas Flutuantes (1870), de Castro Alves. 

A leitura é feita diariamente, alguns poemas por dia, de forma declamada, e depois escolho um e declamo em vídeo. Calculo ler o livro em onze dias. São 55 textos, incluindo o prólogo e a dedicatória, em forma de poesia também.

No início da pandemia mundial de Covid-19, em 2020, fiz a leitura em voz alta do livro de Drummond, A Rosa do Povo (1945). Foi uma experiência muito interessante! A obra teve muita sintonia com o momento histórico que vivemos. Isso me envolveu muito na leitura.

CALIBRANDO O CÉREBRO PARA LER POESIAS

Para ler poesias o primeiro passo é acertar o foco mental no estilo de poesia que vamos ler. 

Isso às vezes é necessário porque senão lemos como se não estivéssemos lendo nada... palavras, palavras, palavras... como diria Hamlet.

Sair de uma leitura de poesia épica como Odisseia (Homero) na tradução do maranhense Odorico Mendes para uma poesia romântica de Castro Alves requer uma adaptação das ondas mentais. 

A leitura em voz alta contribui para essa "calibragem" da leitura de poesia porque podemos ouvir e acertar a cadência ideal, aqueles ensinamentos que aprendemos sobre ritmo, pausas, tom de voz etc.

Enfim, comecei a conhecer o poeta brasileiro Castro Alves. Daqui a onze dias saberei um pouquinho mais que hoje, serei menos ignorante nessa lacuna cultural.

Li o "Prólogo", a "Dedicatória", "O Livro e a América", "Hebreia" e "Quem Dá aos Pobres Empresta a Deus". 

Escolhi fazer o vídeo do "Prólogo" (ver aqui), mas gostei bastante do poema sobre o livro. Quem sabe depois eu grave vídeo dele também.

É melhor ler os clássicos do que não ler os clássicos, como nos ensina o escritor italiano Italo Calvino.

William


Bibliografia:

ALVES, Castro. Espumas Flutuantes. O Estado de São Paulo/Klick Editora, 1997.


Nenhum comentário: