Refeição Cultural
"- Saca-rolhas! - gritou Acab. - Sim, Queequeg, os arpões ficam todos retorcidos e cravados nela. Sim, Daggoo, o seu jorro é enorme como um feixe de trigo, branco como uma pilha da nossa lã de Nantucket, depois da grande tosquia anual. É verdade, Tashtego, a sua cauda em forma de leque é como uma vela no meio de um vendaval. Morte e inferno, marinheiros! Vós vistes, Moby Dick! Moby Dick! Moby Dick!" (p. 198)
Estamos à bordo do baleeiro Pequod, saídos de Nantucket, Massachusetts - Nordeste dos Estados Unidos -, sob o comando do capitão Acab e os demais oficiais e marinheiros, os pilotos Starbuck, Stubb, Flask e seus arpoadores Queequeg, Daggoo e Tashtego, e juntos ao marinheiro que nos conta a estória, Ismael.
Este foi o 7º dia de leitura desta clássica e épica aventura proporcionada a nós leitores do mundo por Herman Melville, em 1851.
Na primeira semana de leitura, li entre segunda e sábado e descansei no sétimo dia... Para descansar, li um livro no domingo - Becos da Memória, de Conceição Evaristo - e outro na segunda - O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry. Retomei agora Moby Dick e vamos mais alguns dias na viagem pelos mares do mundo. Já passei da página 200.
Estamos no período mais mortal da pandemia mundial de Covid-19 no Brasil de regime genocida. Lendo quieto em casa, estou atendendo ao apelo de parte das autoridades políticas e de saúde do Brasil e do mundo.
Temos que ficar em casa. Para quem tem condições é um dever cidadão e humanista evitar ao máximo sair e se aglomerar com outras pessoas para evitar pegar o vírus e disseminar sua contaminação para os nossos semelhantes.
Estamos chegando a 300 mil mortos no país e o sistema de saúde colapsou, quase não há leitos disponíveis na maior parte dos Estados brasileiros. As pessoas podem morrer em consequência dos efeitos da infecção pelo vírus Sars-Cov-02 e por qualquer outra necessidade hospitalar. Entendem isso?
Lendo em casa, estou fazendo a minha parte como cidadão, como ser humano consciente e educado. Ficando em casa, faço o possível para sobreviver a essa tragédia humanitária que vivemos. Quero viver porque a vida vale a pena, quero viver para amar e estar com as pessoas, quero viver para ler os clássicos da literatura e para contribuir para um mundo melhor de alguma forma.
Quero viver para ver julgados e condenados os genocidas e criminosos no poder.
Leiam! Não deixem a literatura morrer! Não deixem seus cérebros atrofiarem suas capacidades cognitivas!
Aos interessados na postagem anterior, clique aqui.
William
Bibliografia:
MELVILLE, Herman. Moby Dick. Tradução de Berenice Xavier. São Paulo: Publifolha, 1998.
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