Refeição Cultural
Fui dormir mais cedo. Acordei mais cedo. Estou tentando mudar um pouco os hábitos e estabelecer uma rotina de leitura. Não é fácil mudar costumes. Se quiser ler os clássicos que gostaria de ler, terei que ter disciplina. Afinal de contas, disciplina é liberdade, já dizia o poeta Renato Russo.
A leitura de um grande clássico exige disciplina e até inventividade. Foi assim que superei as mais de 800 páginas do Decameron, de Giovanni Boccaccio, no início da pandemia mundial de Covid-19. Naquela oportunidade, decidi que leria uma narrativa por dia e assim foi feito, cem dias de leitura. Teve dia que precisei ler em pé por causa do sono, mas li.
Chegamos a Nantucket. "Chegamos" porque o leitor viaja com o personagem da ficção. Ontem, pesquisei sobre alguns dos cenários de Moby Dick. Li sobre a cidade de New Bedfort, a ilha de Nantucket, sobre Massachussets e Nova York. O narrador da estória, Ismael, saiu de Manhattan para o Nordeste dos EUA, com o objetivo de se lançar ao mar como marinheiro num baleeiro, partindo de Nantucket.
Na leitura de hoje, conhecemos mais a respeito do nativo dos Mares do Sul, Queequeg, personagem exótico na Estalagem do Jorro em New Bedfort, onde Ismael ficou no final de semana e teve que compartilhar a mesma cama com o nativo.
Vimos um sermão do padre Mapple sobre o profeta Jonas e a passagem dele no ventre de uma baleia. Já na travessia para a ilha Nantucket, o nativo Queequeg é maltratado pelo capitão da embarcação, uma escuna, e mesmo assim o nativo lhe salva porque ele caiu no mar gelado e quem o buscou foi justamente o canibal dos Mares do Sul.
É isso. Se eu mantiver a leitura de 30 páginas por dia, conseguirei ler Moby Dick em três semanas. Caso tenham interesse, leiam aqui a postagem anterior.
William
Nenhum comentário:
Postar um comentário