sexta-feira, 3 de setembro de 2021

030921 - Diário e reflexões (Carta Capital)



Refeição Cultural - Carta Capital 1171


TIO SAM FRACASSOU

Não foi diferente a leitura desta edição da revista Carta Capital em relação á experiência da leitura das outras edições: aprendi coisa novas, senti emoções diferentes - raiva, tristeza, alegria, desilusão e esperança. 

Essa foi a décima edição impressa que li inteira. Fico naquela indecisão se leio ou não leio, depois acabo fincando o pé na determinação e leio. Isso me toma tempo da leitura dos livros que quero ler, mas vejo que ler a revista também é um ato de busca de conhecimento e do novo, como ocorre nos livros.

CULTURA: ÁLBUM "NOTURNO" DE MARIA BETHÂNIA É MARAVILHOSO 

Começo a postagem comentando a leitura da seção "Plural". Amig@s leitores, foi a seção que me trouxe a ideia de experimentar o novo. A matéria falando sobre a nova realidade do teatro, que será presencial e virtual ao mesmo tempo, nos faz pensar no novo mundo pós-pandemia. 

A matéria sobre o álbum novo de Bethânia...

Enquanto preparei e tomei meu café da manhã nesta sexta, ouvi o álbum novo de Maria Bethânia, Noturno. Arrepiei, chorei, prestei atenção nas letras (coisa que não faço sempre). Adorei a experiência! Experimentem!

ARGENTINA: NOVOS DIREITOS SOCIAIS PARA AS MULHERES

A seção "Nosso Mundo" me trouxe uma tristeza profunda com a matéria sobre o Haiti. Difícil, viu! Difícil... 

Em seguida, me veio a esperança ao ler as notícias sobre a Argentina e os avanços nos direitos sociais para mulheres, pessoas LGTBQIA+ e as pessoas da base da pirâmide social. Que alegria saber que as duplas e triplas jornadas das mulheres passam a ser consideradas como tempo para a aposentadoria! Nem tudo está perdido no mundo. 

Enquanto no Brasil temos essa tragédia bolsonarista e nazifascista, temos avanços na vizinha Argentina, com o presidente Alberto Fernández e as lideranças de esquerda do país.

ECONOMIA: LIÇÕES SOBRE FEDERALISMO E POESIA...

Na seção "Economia" aprendi conceitos novos sobre o federalismo, no artigo do governador Flávio Dino. Acho sempre uma seção chata de se ler, porque passei muitos anos mexendo com números e questões financeiras e econômicas até pelas funções que desempenhei na vida laboral.

No entanto, ler um artigo como o de Paulo Nogueira Batista Jr. falando sobre cinema e poesia foi de arrepiar! O artigo "Certa Arte" a respeito do filme Flores Raras, de Bruno Barreto, com Glória Pires, foi de encher os olhos. Ele mesmo traduziu o poema de Elizabeth Bishop "Certa Arte" para nós, leitores. Fala sério!

MINO CARTA FALA DO "ÚLTIMO IMPERADOR"

A matéria de capa com texto de Sergio Lirio e com um editorial de Mino Carta são aulas, lições de história e de mundo. Mino compara Biden ao último imperador romano do Ocidente, Romulo Augustolo, que se rendeu ao rei dos Hérulos de forma miserável. E Lirio nos lembra dos povos do Afeganistão e região, que já derrotaram grandes impérios ao longo da história.

"Após desperdiçar 1 trilhão de dólares dos contribuintes, perder 5 mil soldados, sacrificar 100 mil civis afegãos, associar-se à tortura, abusos e corrupção dos governos aliados e levar duas décadas para descobrir que o país ocupado fazia jus à fama de 'cemitério de impérios' - lição aprendida no passado pela Rússia czarista, o Reino Unido vitoriano e a União Soviética -, os Estados Unidos assistiram petrificados às forças talebans reconquistarem o território em menos de 15 dias e sem resistência dos 300 mil soldados afegãos supostamente bem treinados e armados pelo Pentágono e das autoridades ungidas pela Casa Branca." (p. 12)

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Enfim, que edição educadora, catalisadora de novos conhecimentos!

Valeu a leitura, apesar da preguiça em me informar de forma panorâmica e organizada sobre os acontecimentos do presente trágico.

Amig@s, leiam! O cérebro e a essência do que vocês são serão beneficiados pelo esforço de preservar a inteligência humana e as possibilidades de um amanhã diferente, porque o amanhã depende de nós, seres humanos conscientes e que são contrários às abstrações inventadas por nós mesmos como, por exemplo, o capitalismo, abstrações humanas que estão nos levando ao fim de tudo.

William


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