Refeição Cultural
"Certamente é uma guerra, uma guerra entre um povo ocupado e os ocupantes. E esses ocupantes, infelizmente, quero dizer, estão todos armados, todos eles. O povo inteiro é um exército e tem um Estado. Ao contrário de todos os países do mundo, em que a norma é que o Estado tenha um exército, 'Israel' é um exército que tem um Estado e tem um sistema." (Dr. Musa Abu Marzuk, chanceler do Hamas, p. 38)
Ao participar ontem, 7 de setembro, do 30° Grito dos Excluídos e Excluídas, na Praça da Sé, conversei com diversas pessoas que panfletam e disponibizam jornais e documentos de causas libertárias e de movimentos que lutam por um mundo alternativo ao qual nos encontramos.
A causa palestina deve ser abraçada por todos nós que lutamos contra as injustiças e por direitos humanos.
Adquiri este livro editado e publicado em julho deste ano pela editora do PCO e um dos objetivos do livro é dar voz aos palestinos e suas lideranças, pois o que temos disponível na mídia hegemonizada pelos capitalistas e imperialistas é a versão dos sionistas, grupo político que domina as questões políticas do povo judeu na atualidade.
Li duas entrevistas muito esclarecedoras: uma com o Dr. Musa Abu Marzuk, chanceler do Hamas, e outra com Basem Naim, do Birô Político do Hamas.
"Esta não é a nossa escolha. Se alguém puder nos ajudar a alcançar nossos objetivos de forma pacífica, por favor! Mas, se não, não podemos continuar a viver nessas condições desumanas. Portanto, quando Smotrich disse que os palestinos têm duas opções, sair ou serem mortos, nós respondemos. Também temos duas opções: viver aqui com liberdade e dignidade, ou morrer aqui de forma livre e digna. Não há outra escolha." (Basen Naim, p. 60)
Também li a declaração de Ismail Hanié, líder do Hamas, ao povo brasileiro.
"O primeiro ponto é que o Movimento de Resistência Islâmica, Hamas, na Palestina, é um movimento de libertação nacional palestino que limita sua resistência e luta dentro da Palestina ocupada, e não fora da Palestina, e contra a ocupação israelense. Não é hostil a ninguém, mesmo que discordemos, mas foca na sua causa, no seu povo, no seu direito firme e inerente, dentro da terra abençoada da Palestina." (Ismail Hanié, p. 27)
A declaração foi feita em um encontro com Rui Costa Pimenta e lideranças do PCO, meses antes do assassinato de Ismail Hanié no último dia 31 de julho, no Irã.
Enfim, sigamos lendo e estudando para compreendermos melhor o mundo e sabermos nos posicionar sobre as questões da sociedade humana.
William Mendes
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