Refeição Cultural
"Vida nova do ponto de vista individual. Estava fora de meu meio pela terceira vez. Deixei a vida na militância estudantil e na universidade em São Paulo. Deixei meu apartamento e minha família em Minas. Depois a refiz, bem ou mal, no exílio, com novos laços afetivos: a Casa dos 28, o Molipo, a relação forte com Cuba. Voltei aos meses de guerra e risco em São Paulo. Eram perdas muitas e profundas. Precisava buscar energia para recomeçar no Paraná. Em cinco anos, minha vida se transformara, a morte e as perdas pesavam e temia ser tragado pelo abismo." (p. 143)
Amigas e amigos leitores do blog, o livro de memórias de José Dirceu é incrível! Bate de dez em muitos romances ficcionais que já li. Com a vantagem de ser um enredo não ficcional, é a vida de um brasileiro que nos enche de orgulho por ser um dos nossos.
A partir de meados dos anos setenta, o militante de esquerda Zé Dirceu passaria a ser o pacato cidadão Carlos Henrique, dono de alfaiataria estabelecido no Paraná, sócio do senhor Bellini, e depois proprietário da loja Magazine do Homem.
Zé Dirceu só não aceitou mudar de time, seguiu sofredor, corintiano.
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Terminei a leitura do capítulo 10 - "Sim, eu voltei" -, um texto extraordinário de história do Brasil.
Nos rabiscos que fiz na primeira leitura deste capítulo, em setembro de 2018, eu estava em Uberlândia. Minha irmã estava internada e minha mãe também teria que fazer exames do coração.
Vou amanhã para Uberlândia, visitar meus familiares. A saúde deles merece atenção, minha irmã fez nova cirurgia e meus pais têm seus problemas de saúde.
Vou lá dar um abraço neles e rever a família.
William
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