Refeição Cultural
Hoje li o capítulo oito ("Um dérbi paulistano como nenhum outro") na estrada, durante a viagem entre São Paulo e Uberlândia.
O capítulo é ambientado no tempo presente do romance, em 2036. O autor caprichou em descrições culturais. A história do Teatro Amazonas foi muito legal.
"(...) Essa verdadeira ousadia permitiu que os barões da borracha de Manaus conseguissem atrair o imortal tenor italiano Enrico Caruso, oferecendo o maior cache jamais pago até então para um tenor, para despencar no meio de lugar nenhum e se apresentar na estreia da montagem de La Gioconda, a produção que inaugurou o 'Teatro da Selva' - como o Teatro Amazonas ficou conhecido na Europa da época - no dia 7 de janeiro de 1897." (p. 121)
Uma parte bem interessante é quem manda no mundo de 2036: os Overlords, uma união das BigTechs, das BigMoney e das BigOil, formando as Big 3. (p. 124)
Se fosse usar conceitos antigos de escolas literárias, eu brincaria que o romance de Nicolelis seria uma ficção realista. É realista pra caramba!
William
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