quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Diário e reflexões



Refeição Cultural 

Quinta-feira, 12 de setembro de 2024.


PRESERVAÇÃO DE CULTURA E CONHECIMENTO

Nesta semana, investi algumas horas de minha vida na revisão e diagramação de textos antigos do blog.

Escolhi um período no qual avalio que estava no auge de minha capacidade de produção política e intelectual: janeiro de 2013.

Os quinze textos são muito bons, os conteúdos me deixaram muito reflexivo. 

Aquele material merece ser preservado. Não por ter sido produzido por mim e sim pelos temas e pela forma como foram abordados: eles têm relevância. 

Mas também por terem sido produzidos por mim. A pessoa que escreveu aqueles textos era um dirigente nacional de uma das categorias profissionais mais organizadas do país. 

Ao falar de livros de literatura brasileira, ao preservar textos políticos publicados na extinta "Carta Maior", ao fazer análises críticas de filmes hollywoodianos e ao fazer artigos opinativos e crônicas o blog registrou uma época, com um olhar do mundo do trabalho. 

Os textos revisados deram pouco mais de sessenta páginas em Word. Foram feitos durante minhas férias daquele ano. A característica central dos textos é a diversidade temática. 

Tem de Stephen King a Guimarães Rosa e Fernando Sabino. Tem de "Rambo" a "Papillon", e tem uma interpretação do filme "A vida de Pi". Falo de morte e busca por sentidos na vida. Tem artigos de Izaías Almada questionando a esquerda que pedia "autocrítica" ao fazer coro com a perseguição criminosa feita a figuras históricas como Genoino e Zé Dirceu.

Enfim, avalio que aqueles textos têm relevância na nossa história de classe trabalhadora brasileira. Mesmo sendo produção individual, é produção de significado coletivo. 

É uma pena o quanto nossas lideranças sindicais e de esquerda desprezam a NOSSA história! 

Acompanho há tempos o sumiço de nossa história das páginas dos sindicatos. Cinzas... história apagada.

Nossas lideranças sindicais por descuido ou por querer são os bombeiros da distópica sociedade de Fahrenheit 451.

William Mendes 


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