Refeição Cultural
"Como o senhor sabe, sempre procurei defender uma coexistência pacífica entre Egito e Israel. Eu não posso aceitar como razoável a manutenção deste estado permanente de beligerância entre os dois países. Não faz o menor sentido, política ou economicamente. Comuniquei este ponto de forma explícita para o governo israelense por canais indiretos. Eles conhecem a história da minha família muito bem, afinal, meu pai, Oman Cicurel, foi responsável por criar a primeira bandeira de Israel a tremular em Jerusalém em 1917..." (p. 55/56)
Interessante a organização do romance ficcional de Miguel Nicolelis. A estória é distribuída em diferentes tempos narrativos, datas no futuro, no passado e no presente. É uma técnica exigente para a atenção dos leitores.
O presente do tempo narrativo se passa em 2036. Ou seja, o tempo presente na narrativa ficcional se passa no futuro do tempo aqui fora do romance.
No capítulo 3, que li hoje, os eventos e personagens estão no ano de 1956, no Egito de Gamal Abnel Nasser. O personagem do capítulo é Giacomo Cicurel, um egípcio de origem judaica.
Enfim, não esperaria outra coisa a respeito da técnica narrativa do professor Nicolelis, um neurocientista que escreve bem pacas!
Durante a leitura do capítulo, acabei sentindo a necessidade de ler alguma coisa sobre a vida de Gamal Nasser, presidente do Egito, que faleceu de infarto aos 52 anos em 1970.
Lembrem-se que ler é um ato revolucionário! Leiam!
William
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