terça-feira, 6 de agosto de 2024

73 de 100 dias


A bomba atômica.

Opinião

73. O dia 6 de agosto é um dia para nunca ser esquecido pela sociedade humana. O dia da infâmia! O dia no qual os Estados Unidos da América lançaram sobre a cidade de Hiroshima, Japão, uma bomba atômica, no ano de 1945, matando imediatamente dezenas de milhares de pessoas e centenas de milhares depois devido às consequências dos efeitos radioativos da bomba. Três dias depois, 9 de agosto, os mesmos EUA lançariam outra bomba atômica sobre Nagasaki. Não podemos esquecer esse ato de lesa-humanidade ao assassinar centenas de milhares de pessoas - crianças, mulheres, idosos, civis, pessoas que não estavam em campos de batalha - para demonstrar o poder de morte de um governo sobre os demais povos em confrontos e guerras.

Terminei recentemente a leitura de um clássico japonês das Histórias em Quadrinhos que me trouxe muitas emoções - Gen Pés Descalços -, de Keiji Nakazawa, um desenhista e criador de mangás (mangaká) cuja história pessoal se confunde com a história do personagem principal, Gen Nakaoka, um garoto de seis anos que sobreviveu à bomba atômica. A leitura das mais de 2000 páginas da obra me proporcionou momentos de muita reflexão, sofrimento e conscientização.


Gen Pés Descalços,
em 10 volumes.

TEREMOS NOVAS BOMBAS E NOVAS GUERRAS DE DESTRUIÇÃO EM MASSA?

O que a humanidade aprendeu com o assassinato de meio milhão de pessoas com os lançamentos das bombas atômicas nos anos quarenta? 

Se pararmos para refletir a partir do cenário mundial neste exato momento, veremos que não aprendemos muita coisa. 

Estamos à beira de uma conflagração de guerras inumeráveis ou de envolvimento de grandes países do mundo em uma guerra polarizando os Estados Unidos e seus vassalos de um lado e seus inimigos escolhidos de outro. Uma espécie de 3ª Guerra Mundial.

A atual guerra na Ucrânia, uma guerra por procuração, provocada segundo muitos analistas de geopolítica internacional pelos movimentos da Otan e pelos Estados Unidos, que desrespeitaram acordos desde os anos noventa e foram convidando e incluindo todos os países vizinhos da Rússia a serem membros da Otan expondo o povo russo a um risco real de ataques a sua soberania.

A guerra de extermínio e expulsão do povo palestino da Faixa de Gaza e da Palestina, promovida pelo governo sionista de Israel, com apoio dos Estados Unidos, guerra que já matou mais de 40 mil palestinos - crianças, mulheres, idosos, civis e pessoas que não estavam em campos de batalha - repete o roteiro das guerras conhecidas pelos historiadores no último século.

A nova tentativa dos Estados Unidos em derrubar o governo da Venezuela, país com as maiores reservas de petróleo do mundo, de forma injustificável, ao declarar que a dupla Edmundo González e Maria Corina Machado são vencedores de uma eleição com números criados da cabeça deles, só na base da narrativa inventada, é um passo perigoso na atual conjuntura global. Será que os países do BRICS e aliados vão aceitar essa provocação e ingerência para tomar os poços de petróleo do povo venezuelano na mão grande?

Poderia ficar aqui citando as provocações dos Estados Unidos a diversos países com o intuito de causar um ambiente de conflito global - Irã, China, Rússia etc.

Esses são os tempos...

Lembrem-se do dia 6 de agosto de 1945!

Lembrem-se do dia 9 de agosto de 1945!

Estamos livres e distantes de novas bombas de destruição em massa?

BLOQUEIOS ECONÔMICOS SÃO COMO BOMBAS ATÔMICAS EM RELAÇÃO AOS SEUS EFEITOS SOBRE AS POPULAÇÕES VÍTIMAS

Estamos livres das bombas de destruição em massa chamadas bloqueios econômicos e comerciais, os tais embargos disparados pelos Estados Unidos a hora que querem e ao país que eles acharem que devem disparar essas bombas de destruição econômica que só causam miséria e mortes às populações civis de seus inimigos? 

(vejam o que o povo cubano sofre há décadas com essa bomba norte-americana chamada "bloqueo". Vejam as consequências para o povo venezuelano...)

Lembrem-se do dia 6 de agosto!

E tenhamos consciência do mal que as guerras e as bombas causam às pessoas.

William Mendes


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