terça-feira, 27 de agosto de 2024

94 de 100 dias



94. Hoje foi um dia no qual acordei pensando a vida. A duração da vida. O sentido da vida. Coisa de filosofadas, pois pouca gente pensa a respeito de sentidos para a vida. A maioria, penso eu, só vive. E morre. Eu sempre fui meio esquisito. Me lembro de ficar pensando sobre a vida e a morte desde quando tinha pouco mais de dez anos de idade. Viver, morrer, dormir... vocês se lembram do personagem Hamlet filosofando se vivia ou morria?

A vida é um instante. Morreu faz poucas horas um jovem jogador de futebol do Uruguai. Passou mal em campo jogando contra o São Paulo dias atrás. Me lembrei da morte do Serginho do São Caetano, vinte anos atrás. Eu estava vendo aquele jogo quando ele caiu na área, ao lado de Ceni, e faleceu minutos depois. 

Registro aqui minhas condolências à família e aos amigos do jovem jogador Juan Izquierdo.  

A vida é um instante. Ainda hoje escrevi sobre isso numa reflexão que fiz pela manhã (ler aqui). A gente pode dormir e não acordar. Pode dormir e se pegar preso dentro de um corpo que não responda mais aos nossos comandos. 

A gente pode estar aqui escrevendo e ter um acidente vascular e nosso eu (o cérebro) já não ser mais o que era. E hoje em dia as máquinas mantêm um corpo vivendo um tempão enquanto tem capitalista faturando com isso.

O pior são as perspectivas... as perspectivas. 

Se pensar nas estatísticas, que servem para algumas coisas como, por exemplo, fazer cálculos gerais, eu tenho uma longa vida pela frente. Looonga vida! No entanto, no fundo no fundo as estatísticas não servem pra nada para a pessoa vítima de alguma coisa. De que vale você ser uma vítima de algo cuja estatística era de 1% de chances de acontecer?

Se considerar o grupo social ao qual pertenço, estou feito na vida. Os números estatísticos da população da qual faço parte - membro da comunidade de funcionários do Banco do Brasil, que participa de Cassi e Previ -, os números apontam que eu terei umas boas dezenas de anos pela frente... posso planejar conquistar o mundo ainda (risos).

Se pensar as perspectivas do mundo no qual eu e vocês vivemos, as coisas estão um pouco complicadas. Fico pensando o mundo num hipotético ano de 2049, eu lá com oitenta anos... o capitalismo não tendo sido superado até lá... os capitalistas no poder fodendo geral... a natureza destroçada diariamente no nível que foi hoje e ontem e anteontem... imaginem vocês!

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Última semana para encontrar o que procurei nessa quase centena de dias: um sentido e mudanças em minha existência. Não vai rolar nada de definição? Nada?

Bom, pelo menos na política e na vida cotidiana da maior cidade do país, São Paulo, peço aos amigos e amigas leitoras que deem uma chance para a mudança e conversem muito sobre a importância de elegermos Guilherme Boulos 50, prefeito, e a jovem Luna Zarattini 13131, vereadora de São Paulo. Eu indico e apoio Luna porque conheço o trabalho dela. Eu avalizo o mandato que ela vem fazendo nesse pouco mais de ano e meio de atuação.

William Mendes

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