Meu mundo... |
79. Voltei de Uberlândia. Cheguei a São Paulo pela tarde. Queria ter chegado a tempo de ir a uma roda de conversa à noite com Frei Betto em homenagem aos seus 80 anos. Não deu tempo. Bom, pelo menos vim no voo lendo a biografia dele, livro que adquiri em Havana, Cuba.
Faltam três semanas desse período de cem dias que iniciei em 26 de maio em busca de sentidos e mudanças para a minha existência atual.
Voltei de Minas Gerais com um fracasso num projeto pessoal: não fiz minha caminhada anual de 80 Km. Não fiz por diversos motivos, avalio. Chegar e encontrar meus pais com a saúde debilitada pesou. Ocupar meu cunhado estando ele com os problemas dele, inclusive de saúde de minha irmã, também. Sentir minha condição do quadril ruim, me deixou pra baixo. Acabei desistindo. Depois, avaliei sem ter estado na estrada que eu estaria ferrado porque não levei roupa adequada para o frio que fez.
Diria que voltei com mais fracassos da visita aos meus pais. Não tivemos um clima amistoso, meu pai e eu. Depois dos primeiros dias na boa, não aguentei sem falar pra ele sobre o que via o tempo todo na casa. Que clima pouco amistoso da porra! Aff, que difícil as relações humanas hoje!
A parte boa dessa estadia nos meus pais foi ter a oportunidade de passar algumas horas com a pequena filha de minha sobrinha. Interagimos bastante. É muito legal dar atenção a uma criança e ver o desenvolvimento e a inteligência das crianças.
CRIANÇAS SÃO INTELIGENTES, MÁQUINAS NÃO!
Me lembrei de uma roda de conversa que tivemos com o professor da Universidade Federal do ABC, Sérgio Amadeu (ver aqui), explicando porque as "Inteligências Artificiais" (AI ou IA) não são nem inteligentes, nem artificiais.
O professor nos explicou que essas "Machine Learning" precisam de milhares e milhares de dados sobre algo para criar padrões, são máquinas que fazem cálculos estatísticos. E precisam de muita gente por trás dessas programações. Não são nem inteligentes, nem artificiais.
Uma criança precisa de duas ou três repetições de alguma coisa (dados) para compreender o padrão e então ela já passa a repetir e criar a partir dali, as crianças são inteligentes e só animais podem criar, a inteligência é analógica, não é digital.
Observem uma criança de dois ou três anos por alguns dias e vocês verão a inteligência e a criatividade em estado puro...
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E agora, José?
É seguir, andando e escolhendo veredas, ou deixando as veredas me escolherem como aconteceu a vida toda.
William
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