Tia Helen - T. S. Eliot (1917)
A srta. Helen Slingsby, minha tia solteirona,
Tinha uma casa pequenina, quase em área elegante,
Mantida por criados que somavam quatro.
Agora, quando ela morreu, ficou calado o céu,
E seu canto da rua, calado.
Cortinas fechadas, o papa-defunto limpou seu calçado -
Sabia bem que coisa assim já houvera antes.
Aos cães deixou legados abundantes,
Mas logo após morreu também seu papagaio.
O relógio da lareira ainda batia no consolo,
E o lacaio sentou sobre a mesa da sala
Tendo a segunda criada no colo -
Ela, tão ciosa quando em vida da patroa.
Tradução:
Caetano W. Galindo.
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COMENTÁRIO:
Adorei o final do poema (risos). Viva a classe trabalhadora!
No original também é legal:
"The Dresden clock continued ticking on the mantelpiece,
And the footman sat upon the dining-table
Holding the second housemaid on his knees -
Who had always been so careful while her mistress lived."
(Ha ha ha!) Maravilha!
William Mendes
Bibliografia:
ELIOT, T. S. Poemas. Org. tradução e posfácio Caetano W. Galindo. - 1a ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
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