sábado, 28 de fevereiro de 2009

Society - Eddie Vedder





Society

Eddie Vedder
Composição: Jerry Hannan


It's a mystery to me
We have a Greed
With which we have agreed

And you think you have to
Want more than you need
Until you have it all
You won't be Free

Society
You're a crazy breed
I hope you're not lonely
Without me

When you want more than you have
You think you need
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed

I think I need to find a bigger place
Cause when you have
More than you think
You need more space

Society
Crazy indeed
Hope you're not lonely
Without me...

There's those thinking more less
Less is more
But if less is more,
How you keeping score?

Means for every point you make
Your level drops
Kinda like you're startin from the top
And you can't do that

Society
You're a crazy breed
Hope you're not lonely
without me

Society
Crazy indeed
Hope you're not lonely
Without me

Society
Have mercy on me
Hope you're not angry
If I disagree

Society
You're a crazy breed
Hope you're not lonely
without me


Fonte: Álbum de Eddie Vedder: Into the Wild

Caminhada ao sol




Depois de dias cansativos de trabalho, em que não tive pique para correr, hoje fiz uma caminhada na tarde ensolarada. Sem protetor solar, que nunca uso e não poderei reclamar amanhã caso me venha algo decorrente disso. 

Andei uns 7 km. 

Pretendo correr amanhã.

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Post Scriptum (17/6/22):

Câncer de pelo - Ao revisar as postagens do ano de 2009, não poderia deixar de comentar nesta aqui que a prática do não uso de protetor solar me trouxe um carcinoma basocelular na cabeça descoberto e retirado por cirurgia no final do ano de 2021... que foda, heim?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O "maravilhoso" Adam Smith, by Almanaque Abril 2009



(atualizado em 13/12/10)

ADAM SMITH (1723-1790), com foto e destaque na página.

Esse pensador escocês é considerado o "pai da economia" por ter sido o primeiro a esboçar uma explicação sistemática sobre o funcionamento da economia de mercado, tendo por base uma determinada teoria do valor (a teoria do valor-trabalho). Suas teorias ainda estão entre as mais influentes no estudo e na prática das ciências econômicas modernas. (A QUEBRA GLOBAL DO MERCADO NEOLIBERAL 2008 QUE O DIGA, HEIM!)

Professor de lógica e filosofia moral na Universidade de Glasgow, Smith publicou seu primeiro importante tratado, Teoria dos Sentimentos Morais, em 1759. Em 1776, publica sua principal obra, Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações. Nela, define os pré-requisitos para o liberalismo econômico e a prosperidade das nações: o combate aos monopólios, públicos ou privados (COMO O DA MÍDIA BRASILEIRA); a não-intervenção do Estado na economia (O MUNDO AGRADECE PELA ATUAL CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL DEVIDO A ISSO) e sua limitação às funções públicas de manutenção da ordem, da propriedade privada e da justiça (POLÍTICA DE ESTADO MÍNIMO); a liberdade na negociação do contrato de trabalho entre patrões e empregados (FIM DOS DIREITOS MÍNIMOS TRABALHISTAS); e o livre-comércio entre os povos.

Para Adam Smith, as ações de indivíduos agindo em seu próprio interesse, ao se somarem, formariam uma "mão invisível" que conduziria a economia pelo bom caminho do crescimento e da estabilidade (OS BANQUEIROS E SUAS FARRAS MILIONÁRIAS QUE O DIGAM).

(os comentários entre parêntesis são meus - não resisti)

Karl Marx - Maltratado pelo Almanaque Abril



A escola de meu filho sugeriu aos alunos comprarem (para o ano letivo 2009) o Almanaque Abril 2009 para consultas cotidianas. QUE DESGRAÇA!!

Comprei o lixo para que não ficasse só ele sem o dito cujo.

Fui fazer um teste. Procurei por "Karl Marx".

Cara, tem espaço destacado com foto e tudo para Adam Smith, o "pai da economia", para "Keynes", e pro diabo a quatro...

Não tem o coitado do Marx, nem na seção das Referências.

Consegui achar o termo "marxismo" com um textinho tão ridículo que faz qualquer criança achar o tema e o pensador uma tremenda babaquice. É FODA!!

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Segue abaixo MARXISMO, by Almanaque Abril 2009:


"Doutrina formulada pelos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), segundo a qual o cerne de qualquer sociedade está no modo de produção, que, variando de acordo com o período histórico, determina as relações sociais. Para os marxistas, a história é o resultado da luta de classes decorrente do desequilíbrio na relação entre o capital e o trabalho: a burguesia concentra o capital e os meios de produção, explorando o trabalho do proletariado. Por estar baseado nessa característica contraditória - a de explorar o próprio alicerce, a classe trabalhadora -, o capitalismo estaria fadado à destruição. Esse conflito de classes só desapareceria com a instalação da sociedade comunista, concebida como igualitária e justa."


Viram só que profunda a pesquisa do aluno de 9° ano, baseada no tal Almanaque Abril?


Leituras de Karl Marx - Produção material



PRODUÇÃO MATERIAL

Produção dos indivíduos determinada socialmente.

É um ENGANO dos "historiadores da civilização", os profetas como Smith e Ricardo, ver o homem do século XVIII não como um resultado histórico, mas como ponto de partida da História, porque o consideravam um indivíduo conforme a natureza - dentro da representação que tinham de natureza humana -, que não se originou historicamente, mas foi posto como tal pela natureza.

Quanto mais se recua na História, mais dependente aparece o indivíduo, e portanto, também o indivíduo produtor, e mais amplo é o conjunto a que pertence.

No século XVIII, na "sociedade burguesa" é que se começa a apresentar o conjunto social como um meio para o indivíduo realizar seus fins privados. (ironicamente, é nessa época que se tem alto grau de desenvolvimento para pregar o individualismo)

O homem é, no sentido mais literal, um zoon politikon, não só animal social, mas animal que só pode isolar-se em sociedade. A produção do indivíduo isolado fora da sociedade é uma coisa tão absurda como o desenvolvimento da linguagem sem indivíduos que vivam juntos e falem entre si.

Quando se trata, pois, de produção, trata-se da produção em um grau determinado do desenvolvimento social (em época determinada também), da produção de indivíduos sociais.

A produção também não é apenas uma produção particular, mas é sempre, ao contrário, certo corpo social, sujeito social, que exerce sua atividade numa totalidade maior ou menor de ramos da produção.

(os sublinhados e parênteses são destaques meus)

Excertos e leitura:

MARX, Karl. Para a crítica da economia política, de 1857. In: Coleção Os pensadores, Ed. Nova Cultural, 1999.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Barão do Rio Branco - Leituras e estudos diplomáticos (Acre, incluso)


Barão do Rio Branco. Foto: Wikipédia.

Refeição Cultural


Meu sistema digestório cerebral tem digerido muita informação nos últimos tempos.

Estou lendo várias coisas ao mesmo tempo. Fazem parte de meus objetivos intelectuais, tanto de preencher minhas lacunas culturais quanto de me preparar para passar em um concurso nos próximos anos, quiçá para ser professor.

E como há coisas a aprender! Como não sabemos nada! Há que se ter ao menos consciência disso.

Por exemplo, no campo da história mundial e brasileira, estou lendo Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado, e Visão do Paraíso, de Sérgio B. Holanda. Que maravilhas! Os livros nos levam a uma viagem pela história do segundo milênio (d.C.), sob o ponto de vista ocidental.

Quando refleti, dias atrás, se vale a pena ou não gastar o que não tenho para ir fisicamente a algum lugar, pensava na diferença que temos do conhecimento do mundo hoje em relação a séculos atrás. Praticamente, temos o globo terrestre mapeado e filmado. Não há mais locais desconhecidos. Assista aos programas da National Geographic ou Discovery Channel.

Alguns séculos atrás, lançar-se ao mar era uma aventura que levava risco de morte e era também uma busca pelo mundo desconhecido.

Estou lendo também um livro de Álvaro Lins - Rio Branco, biografia pessoal e história política. O que mais me admira na diplomacia é o fato de se tentar a solução pacífica das controvérsias. Esta figura brasileira foi a mais proeminente nisso.

Aliás, está em nossa Carta Magna de 1988, como Princípio Fundamental, em seu artigo 4º, que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da solução pacífica dos conflitos (inciso VII).

Outro dia, estudando sobre geografia e história, achei curioso saber algumas coisas como, por exemplo, os EUA terem comprado partes de seu território de outros países. Comprou a Luisiana da França, a Flórida da Espanha e tomou 1/3 do território mexicano.

O Brasil também comprou seus nacos de terra, como o Acre, comprado da Bolívia, além de ter tomado outros lá nos inícios de sua conformação atual.

Tenho digerido muita informação boa por esses dias.


Acre - Wikipédia (25/2/2009)

História

Ver artigo principal: História do Acre


Até o início do século XX, o Acre pertencia à Bolívia. Porém, desde o princípio do século XIX, grande parte de sua população era de brasileiros que exploravam seringais e que, na prática, acabaram criando um território independente.

Em 1899, os bolivianos tentaram assegurar o controle da área, mas os brasileiros se revoltaram e houve confrontos fronteiriços, gerando o episódio que ficou conhecido como a Questão do Acre.

Em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, o Brasil recebeu a posse definitiva da região. O Acre foi então integrado ao Brasil como território, dividido em três departamentos. O território passou para o domínio brasileiro em troca do pagamento de dois milhões de libras esterlinas, de terras de Mato Grosso e do acordo de construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.

Tendo sido unificado em 1920, em 15 de junho de 1962 foi elevado à categoria de estado, sendo o primeiro a ser governado por uma brasileira, a professora Iolanda Fleming.

Durante a segunda guerra mundial, os seringais da Indochina foram tomados pelos japoneses, e o Acre dessa forma representou um grande marco na história Ocidental e Mundial, mudando o curso da guerra a favor dos Aliados e graças aos soldados da borracha oriundos principalmente do sertão do Ceará (Ver: Segundo ciclo da borracha).

E foi sem dúvida graças ao Acre e sua contribuição decisiva na vitória dos Aliados, que o Brasil conseguiu recursos norte-americanos para construir a Companhia Siderúrgica Nacional, e assim alavancar a industrialização até então estagnada do Centro-Sul, que não possuía ainda indústrias pesadas de base (Ver: Acordos de Washington).

Em 4 de abril de 2008, o Acre venceu uma questão judicial com o Estado do Amazonas em relação ao litígio em torno da Linha Cunha Gomes, que culminou no anexo de parte dos municípios Envira, Guajará, Boca do Acre, Pauni, Eirunepé e Ipixuna. A redefinição territorial consolidou a inclusão de 1,2 milhão de hectares do complexo florestal Liberdade, Gregório e Mogno ao território do Acre, o que corresponde a 11.583,87 km².

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Post Scriptum (08/06/22): ao revisitar e diagramar esta postagem, que preserva as informações da época, inclusive da Wikipédia, tenho a impressão que o texto sobre o Acre é um pouco exagerado ao dizer que o Acre foi uma "contribuição decisiva na vitória dos Aliados..." - menos, né!

Post Scriptum II (22/10/23): eu conheço a capital do Acre, Rio Branco. Durante o mandato eletivo de diretor de saúde da Cassi (BB) visitei a cidade para conversar com os associados, com a direção do banco, com os funcionários da nossa unidade CliniCassi e com as lideranças locais. Estive lá em 2015, 2016 e 2017.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O que é FDIC?




Sociedade Federal de Seguro de Depósito. FDIC é a sigla em inglês. 

Fonte: Artigo de Paul Krugman, no Estado, em 24.2.09.


Novos conhecimentos gerais




Fiz uns exercícios de conhecimentos gerais, puxados da internet, e acertei 5 e errei 5. Dos 5 que errei, 3 exigem pesquisa e 2 eram mais fáceis de acertar porque as alternativas já davam as pistas para o acerto. 

Vamos fixar aqui no blog algumas questões que me trouxeram conhecimentos novos e confirmação de outros. 

1 - Três alternativas que correspondem a realizações do Governo Geisel (1974-1979): 

- Acordo Nuclear com a Alemanha 
- Programa Nacional do Álcool 
- Construção das hidrelétricas de Tucuruí e Itaipu 

Alternativa que não corresponde a Geisel: 

- Lei de Anistia (esta eu acertei) 

Informações complementares (pesquisa): 

Ernesto Geisel (1907 [RS] -1996): Em 1964, como general-de-divisão, ocupa a chefia da Casa Militar de Castello Branco. Assume a presidência do Brasil em 1974. Propõe a abertura política "lenta, gradual e segura". No fim do mandato, em 1979, envia ao Congresso a emenda constitucional que revoga o AI-5. 

2 - É citado o capítulo 11. O menino é pai do homem, do livro de Machado, Memórias póstumas de Brás Cubas

"Dessa terra e desse estrume é que nasceu esta flor" 

Das reescritas da frase acima, indique aquela cujo enunciado é neutro, ou seja, aquela em que não se coloca ênfase em nenhum dos seus termos. 

- Foi dessa terra e desse estrume que nasceu esta flor. 
- Dessa terra e desse estrume nasceu esta flor. 
- Esta flor é que nasceu dessa terra e desse estrume. 
- Foi esta flor que nasceu dessa terra e desse estrume. 
- Esta flor nasceu dessa terra e desse estrume. 

Marquei a última (acertei). 

Parti do princípio de que ela é a que apresenta a ordem mais natural da construção de enunciados: SVP, ou seja, sujeito, verbo, predicado. 

3 - Dentre os motivos abaixo, sinalize aquele que não é responsável pelo deslocamento de uma curva de oferta agregada de longo prazo: 

- trabalho 
- capital 
- recursos naturais 
- mercado consumidor 
- conhecimento tecnológico 

(errei) 

Errei de bobagem, pois as alternativas já dão a resposta. É uma questão de atenção e lógica. Das 5 variáveis, a única externa à empresa é mercado consumidor. 

Trabalho, Capital, Recursos Naturais e Conhecimento Tecnológico são variáveis da produção, consequentemente, da curva de oferta. 

Em linguagem de lógica seria o seguinte: temos ali laranja, laranja, laranja, pera, laranja. 

(não poderia errar) 

Fontes: Curso Clio e Almanaque Abril 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Corrida - Trote leve




Corri agora à noite cerca de 6 km em 38' e andei mais uns 2 km. 

Seria muito bom se eu conseguisse correr com a regularidade devida durante os dias normais de nossa vida. 

But I can't. It's so hard to work, to study and to have time for running everyday. 

Hasta siempre!


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Corrida leve




Neste domingo corri novamente. Corri pouco: cerca de 3,2 Km em 20'. Mas, como é bom correr!

Eu não posso perder a condição de correr por nada nesta vida, senão será muito difícil seguir os dias.


sábado, 21 de fevereiro de 2009

Corrida, apesar da dor na virilha




Estou com uma dor na virilha a me incomodar já faz alguns dias. Na verdade, estou quase mancando ao andar. 

Mas não deixei de correr hoje por isso. Na verdade, é estranho, pois dói pra andar e não dói pra correr. 

Corri cerca de 4 km e andei mais uns 2,5 km. 

That's all.

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Post Scriptum (26/5/22):

Quem diria que aos 53 anos, em maio de 2022, eu estaria quase impossibilitado de correr por causa de desgastes na estrutura da virilha, o que inclui fêmur, ossos do quadril e provavelmente estrutura muscular e de tendões.

Em 2018, fiz uma consulta e uma radiografia e o médico disse que havia desgaste nos dois lados. Sugeriu que era melhor eu fazer outros tipos de esportes e não os de impacto... Eu disse a ele e a mim mesmo que preciso correr porque tenho pressão alta e só a corrida me faz baixar um pouco a pressão. 

E tem também a questão do colesterol alto. Nos últimos anos, mesmo controlando um pouco a alimentação, tenho tido aumento no colesterol total (254 neste mês). O que me ajuda é o HDL ser alto por causa das corridas. Mas sem correr... vou pro beleléu... meu HDL que já foi 54 agora está em 45 e baixando.

No fundo no fundo, suspeito que o que detonou meu quadril foi a volta ao Kung Fu aos cinquenta anos de idade. Fiz quase um ano e meio e agora olhando para trás percebo que os movimentos e a intensidade do uso de pernas e quadril acelerou um desgaste que talvez eu tivesse mais adiante... que foda!

Agora já era. Adeus sonho de correr uma maratona... estou sonhando em caminhar romarias... espero que dê certo.

William (o que sobrou de ontem)

Conceito de legislador negativo e legislador positivo - Flávio Dino


Foto ilustrativa
"Classicamente, o controle de constitucionalidade, essencial em um Estado democrático, resulta em atribuir-se ao Judiciário a condição de legislador negativo, ou seja, competente para declarar a invalidade de uma lei. Contudo, há vasta doutrina demonstrando que o Judiciário crescentemente ocupa a função de legislador positivo" 

Do texto "A política e o Supremo Tribunal Federal", de Flávio Dino, 40, advogado, deputado pelo PCdoB do Maranhão, na seção "Tendências e Debates", da Folha de 20/02/09. 

Imaginem a importância do tema quando temos uns ministros do STF do porte dos que temos neste nosso Brasil varoníl...

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Segue abaixo o artigo de Flávio Dino:

A política e o Supremo Tribunal Federal

Fonte: FSP, seção "Tendências e Debates" - 20/2/09


Não ignoro que sem independência não se pode falar em Poder Judiciário; contudo, isso não implica por obrigação vitaliciedade

COM idêntico título, o desembargador Henrique Nelson Calandra honrou-me, neste mesmo espaço, em 13 de fevereiro, com um artigo acerca da proposta de emenda à Constituição que estou apresentando visando à instituição de mandato para os ministros do Supremo Tribunal Federal.

O magistrado argumenta que a vitaliciedade é indispensável para a manutenção da independência do Judiciário. O debate acerca do tema não é novo, nem exclusivamente brasileiro, assim como o argumento usado. Já participei de discussão similar quando da tramitação da emenda constitucional nº 45.

Alguns magistrados apontavam inconstitucionalidade na criação do Conselho Nacional de Justiça, tese derrotada no STF, e o qualificavam como uma grave ameaça à independência dos juízes, o que não se confirmou na prática. Não ignoro que sem independência não se pode falar em Poder Judiciário, nem mesmo em judicialidade, que pressupõe o maior distanciamento possível das partes em conflito e a máxima imunidade a pressões.

Contudo, isso não implica necessariamente vitaliciedade, a não ser que se entenda que os tribunais constitucionais da Alemanha, da Espanha ou da Itália não são independentes. Em verdade, a vitaliciedade é uma técnica de proteção da independência judicial, que pode ser utilizada ou não, em cada contexto histórico.

No caso brasileiro, defendo a vitaliciedade da magistratura ordinária; portanto, a reflexão que faço volta-se exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal, a nossa Corte Constitucional. Classicamente, o controle de constitucionalidade, essencial em um Estado democrático, resulta em atribuir-se ao Judiciário a condição de legislador negativo, ou seja, competente para declarar a invalidade de uma lei. Contudo, há vasta doutrina demonstrando que o Judiciário crescentemente ocupa a função de legislador positivo.

No Brasil, essa tendência é reforçada por certo esvaziamento da política, cujo sintoma mais evidente é a crise do processo decisório no Congresso Nacional, que gera ou mantém omissões inconstitucionais. Não considero ser nociva a tendência de fortalecimento do Judiciário, até o presente momento. Muito ao contrário, saúdo com entusiasmo o seu maior protagonismo, com todos os seus riscos envolvidos, inclusive aqueles derivados de sua morosidade. Portanto, não se cuida de ameaçar a independência judicial, ou mesmo de retaliar os atuais ministros por essa ou aquela decisão, até porque a proposta só prevê efeitos para as futuras nomeações. A minha proposição parte da premissa de que é inerente à noção de República a alternância no exercício das funções políticas.

Não resta dúvida de que é essa a natureza do papel ora desempenhado pelos ministros do Supremo. Com razão, chega-se a falar de um sistema legislativo tricameral, em que, juntamente com o Senado e a Câmara, o STF desempenha um papel ativo e central no processo de definição do conteúdo das leis. Logo, a conclusão a que cheguei vai no sentido de que devemos retomar o debate sobre os critérios de composição do nosso Tribunal Constitucional, em homenagem às suas altas missões, reforçadas por instrumentos como a súmula vinculante, o mandado de injunção e a arguição de descumprimento de preceito fundamental.

A proposição legislativa objetiva ampliar os requisitos do pluralismo, da representatividade e da complementaridade, fundamentos da legitimidade política dos membros da jurisdição constitucional, como sustenta, entre tantos, o professor Louis Favoreu ("La Légitimité de la Justice Constitutionnelle et la Composition des Juridictions Constitutionnelles", na página 236).

Para atingir essas metas, estamos propondo um mandato de 11 anos para os ministros do STF, vedada a recondução, e que todos os Poderes do Estado participem do processo de seleção dos novos membros daquele tribunal. Assim, além do presidente da República e do Senado, também a Câmara e o próprio Judiciário participarão de tal seleção.

Ademais, o processo de escolha partirá de listas a serem apresentadas por diferentes instituições, ampliando o debate hoje demasiadamente restrito. Verifica-se, dessa forma, o quanto equivocada é a ideia de que a proposta presta-se à obtenção de poderes totalitários, supostamente dos políticos sobre o Judiciário. Ao contrário, visa criar salvaguardas institucionais para que, no futuro, o inverso não aconteça, "aristocratizando" o Direito e a política. Até aqui, o STF foi um ótimo "legislador". Mas é prudente imaginar outros cenários.

FLÁVIO DINO DE CASTRO E COSTA, 40, advogado, deputado federal (PCdoB-MA), é vice-líder de seu partido. Foi presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil.

Fonte: Folha de S.Paulo

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Democracia e direito constitucional





Achei interessante o excerto de Giuseppe Cocco, 53, cientista político, escrevendo na seção "Tendências e Debates" do caderno Opinião, A3, da Folha de 20/2/09. 

Texto: "BATTISTI E... OBAMA!" 

"A potência da democracia - nos ensinam os grandes constitucionalistas - não está na obediência, mas no direito à revolta. Para afirmar a Constituição, 'foram necessários protestos e luta, nas ruas e nos tribunais, por meio de uma guerra civil e da desobediência civil'. Não é um slogan de Battisti, mas um discurso de Barack Obama na Filadélfia (18/3/07), na trilha de Thomas Jefferson" 

EU particularmente vou mais longe ainda. 

A frase "A lei existe para ser cumprida" é uma meia-verdade e depende do contexto histórico. 

A LEI EXISTE PARA SER ALTERADA, QUANDO NÃO SERVE MAIS AOS INTERESSES DO POVO QUE ESTÁ SOB SUA TUTELA. 

É isso!

William

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Instantes...




Muito trabalho. Dois dias saindo cedo de casa e voltando de noite. 

Tô no prego!

(Estive em reuniões de militância do Banco do Brasil - delegados sindicais -, reuniões sobre o congresso da Contraf-CUT e afazeres da secretaria de imprensa da confederação)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Leitura: O Brasil e a América Latina, de Manuel Correia de Andrade




TEXTO DE APRESENTAÇÃO DA EDITORA

O livro é uma síntese da formação social das nações americanas, desde a vinda dos primeiros europeus até os dias de hoje (a referência é 1989).

Numa linguagem clara e precisa, Manuel Correia de Andrade, um dos mais destacados geógrafos brasileiros, mostra-nos o que é América Latina nos seus múltiplos aspectos (economia, demografia, sociedade etc).

Geógrafo em constante processo de renovação, o autor nos brinda com uma obra indispensável nas aulas de geografia e história, nos diferentes níveis de ensino.

NOVOS CONHECIMENTOS:

Época colonial:

Bula Inter Coetera (Papa Alexandre VI, 1493), entre Portugal e Espanha. Estabelece territórios de ambos a 100 léguas a leste e oeste de Cabo Verde, respectivamente.

Tratado de Tordesilhas (1494) - amplia para 370 léguas a oeste de Cabo Verde as terras portuguesas.

Império espanhol: 4 grandes vice-reinados: Nova Espanha (região do México); Nova Granada (região da Venezuela e Colômbia); Peru e Rio da Prata.

Houve uma grande expansão do território português a oeste durante os 60 anos do Reinado espanhol de Felipe II (Brasil sob o domínio da Espanha de 1580-1640).

"Com a separação, em 1640, e a restauração do reino de Portugal, passaram os dois reinos a procurar estabelecer novas fronteiras, tendo Portugal, e consequentemente o Brasil, expandido-se para o oeste, face à consagração do UTI POSSIDETIS, direito de posse, defendido por ALEXANDRE DE GUSMÃO, diplomata português nascido no Brasil. Este direito foi consagrado pelo TRATADO DE MADRI (1750) e depois reformado, em vista do caso das missões, pelo TRATADO DE SANTO ILDEFONSO (1777)."


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Corrida domingueira




Hoje andei e corri. 

Fiz treino alternado. 

Caminhei 5 Km e corri 3 tiros de 1000 metros em 5'35", 5'20" e 5'. 

É isso!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Caminhada depois de semana sedentária




Finalmente, consegui sair hoje à tarde para uma caminhada, o que não fazia desde a corrida de domingo passado. 

A semana sindical foi de muitas reuniões políticas: reunião com a direção do BB e seminário da corrente Articulação Sindical. 

Andei cerca de 70', o que dá mais ou menos 7 Km.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Estudos diplomáticos - Mercosul (em 2009)




Comentário do blog: informações captadas na enciclopédia livre em fev/2009. Elas não refletem necessariamente o momento seguinte a este marco temporal.

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O Mercosul, como é conhecido o Mercado Comum do Sul (em espanhol: Mercado Común del Sur, Mercosur) é a união aduaneira (livre comércio intrazona e política comercial comum) de cinco países da América do Sul. Em sua formação original o bloco era composto por quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Desde 2006, a Venezuela depende de aprovação dos congressos nacionais para que sua entrada seja aprovada. 

As discussões para a constituição de um mercado econômico regional para a América Latina remontam ao tratado que estabeleceu a Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) desde a década de 1960. Esse organismo foi sucedido pela Associação Latino-Americana de Integração na década de 1980. À época, a Argentina e o Brasil fizeram progressos na matéria, assinando a Declaração de Iguaçu (1985), que estabelecia uma comissão bilateral, à qual se seguiram uma série de acordos comerciais no ano seguinte. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, assinado entre ambos os países em 1988, fixou como meta o estabelecimento de um mercado comum, ao qual outros países latino-americanos poderiam se unir. 

Com a adesão do Paraguai e do Uruguai, os quatro países se tornaram signatários do Tratado de Assunção (1991), que estabelecia o Mercado Comum do Sul, uma aliança comercial visando a dinamizar a economia regional, movimentando entre si mercadorias, pessoas, força de trabalho e capitais. Inicialmente foi estabelecida uma zona de livre comércio, em que os países signatários não tributariam ou restringiriam as importações um do outro. A partir de 1º de janeiro de 1995, esta zona converteu-se em união aduaneira, na qual todos os signatários poderiam cobrar as mesmas quotas nas importações dos demais países (tarifa externa comum). No ano seguinte, a Bolívia e o Chile adquiriram o status de associados. O Chile encontra-se em processo de aquisição do status de associado pleno depois de resolver alguns problemas territoriais com a Argentina. Outras nações latino-americanas manifestaram interesse em entrar para o grupo, mas, até o momento, somente a Venezuela levou adiante sua candidatura, embora sua incorporação ao Mercosul ainda dependa da aprovação dos congressos nacionais do bloco. 

Em 2004, entrou em vigor o Protocolo de Olivos (2002), que criou o Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul, com sede na cidade de Assunção (Paraguai). Uma das fontes de insegurança jurídica nesse bloco de integração era a falta de um tribunal permanente. 

Muitos sul-americanos veem o Mercosul como uma arma contra a influência dos Estados Unidos na região, tanto na forma da Área de Livre Comércio das Américas quanto na de tratados bilaterais. Uma prova disso é a criação da Universidade do Mercosul, que vai priorizar a integração regional no modelo de educação. 

Fonte: Wikipédia

Estudos diplomáticos - União Europeia (em 2009)




Comentário do blog: informações captadas na enciclopédia livre em fev/2009 - e são muito diferentes na atualidade, ou seja, no momento posterior a esse marco temporal.

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A União Europeia (UE), anteriormente designada por Comunidade Económica Europeia (CEE; no Brasil, Comunidade Econômica Europeia) e Comunidade Europeia (CE), é uma organização internacional constituída atualmente por 27 estados membros. Foi estabelecida com este nome pelo Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos aspectos desta união já existiam desde a década de 50. A União tem sedes em Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo. 

A União Europeia tem muitas facetas, sendo as mais importantes o mercado único europeu (uma união aduaneira), uma moeda única (o Euro, adotado por 16 dos 27 estados membros) e políticas agrícola, de pescas, comercial e de transportes comuns. A União Europeia desenvolve também várias iniciativas para a coordenação das atividades judiciais e de defesa dos Estados Membros. 

O Tratado de Paris, assinado em 1951, estabelecendo a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, e os Tratados de Roma, assinados em 1957, instituindo a Comunidade Econômica Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atómica ou Euratom, foram assinados por seis membros fundadores: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Depois disto, a UE levou a cabo seis alargamentos sucessivos: em 1973, Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; em 1981, Grécia; em 1986, Portugal e Espanha; em 1995, Áustria, Finlândia e Suécia; a 1º de Maio de 2004, República Checa, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta e Polônia; a 1º de janeiro de 2007, Bulgária e Romênia. 

Em 1972 e 1994, a Noruega assinou também tratados de adesão à União Europeia. No entanto, nas duas ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do seu país. À população helvética foi também proposta a adesão do país à União, mas foi rejeitada através de referendo popular em 2001. 

A Croácia, Turquia e Macedônia são candidatos à adesão à UE. As negociações com estes países iniciaram-se oficialmente em outubro de 2005, mas ainda não há uma data de adesão definida - o processo pode estender-se por vários anos, sobretudo no que concerne à Turquia, contra a qual há forte oposição da França e da Áustria. 

Fonte: Wikipédia

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Post Scriptum (23/5/2022): 

Essa postagem serve como registro de um tempo. Em 2009 eu estava estudando para adquirir conhecimentos gerais. Seria algo como o desejo de ser um "homem cultivado" como diz Mircea Eliade. A fonte de informações era uma novidade e eu gostava dela naquela época. Na atualidade, tudo está em mudança acelerada. A União Europeia, inclusive. A globalização e as organizações comuns estão se desfazendo e o mundo entra numa nova fase.


domingo, 8 de fevereiro de 2009

Esaú e Jacó - Machado de Assis (citação a Rio Branco)



No capítulo IX - "Vista do Palácio", Machado cita a Lei Rio Branco. Não diz do que se trata, mas faz uma referência: 

"Ia (Santos, pai dos gêmeos) pensando nela e nos negócios da praça, nos meninos e na Lei Rio Branco, então discutida na Câmara dos Deputados; o banco era credor da lavoura."


Corrida de domingo chuvoso e quente



Bom, corri hoje à tarde cerca de 10 km em 62'30" com bastante aclive e declive. Com chuva e calor de verão. 

A corrida foi relativamente fácil. Sem muito esforço físico. 

É isto. Sigo rumo aos novos limites e com o objetivo de correr uma maratona. Talvez eu corra uma prova de meia-maratona qualquer hora dessas.

Artigo - Todo cidadão tem direito de se reunir em locais públicos e se manifestar


Eu e Genésio (2008) em atividade de
livre manifestação do pensamento na frente
da FSP "Ditabranda". Foto: William Mendes.

Refeição Cultural

Liberdade de reunião e de expressão CF, Art. 5º, Inciso XVI

Naquele dia, havia saído pela manhã para comprar pão. No caminho para a padaria, deparei-me com uma missa ao ar livre, na calçada, onde se reunia um agrupamento de pessoas. O sol estava escaldante. Já era 10 horas da manhã.

Havia mesinha, padre ao centro e tudo o mais. Muito paninho branco. Microfone para a reza e as músicas.

Fiquei admirado. Achei muito legal. Bonito.

Voltando da padaria, presenciei a benção final do padre: "O senhor esteja convosco, ele está no meio de nós..."

Ao comentar o fato com um morador do condomínio, obtive uma opinião que me fez debater por alguns minutos a questão. Não sei reproduzir literalmente a frase usada, mas a ideia dele era um questionamento se a pessoa que dirigia a missa, o padre, teria autorização para tal ou se seria de fato padre e que talvez a polícia devesse verificar o fato...

Discordei da tese de imediato por considerá-la extremamente conservadora e legalista. E contra a liberdade das pessoas.

Desde o fim da ditadura civil-militar, desde a Constituição de 1988, ninguém precisa pedir autorização para se reunir em local público para qualquer fim, desde que para fins pacíficos.

São vários artigos da CF que garantem os direitos das pessoas.

Para o exemplo acima basta citar:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;


CULTURA POLICIALESCA, ANTIDEMOCRÁTICA

Temos no País uma cultura policialesca, repressiva, feita para intimidar pessoas comuns em favor de "autoridades".

Passados mais de 20 anos da promulgação da nova Carta Magna, as pessoas comuns continuam a ter a mentalidade de que coisas simples como se reunir para rezar, ou para brincar, ou para reivindicar direitos, ou para expressar qualquer coisa que seja, equivale mais ou menos a "baderna" ou "coisa subversiva" ou "ato ilegal".

E o pior é que as elites continuam educando as pessoas simples para se manter esta cultura dos poderosos. É a ideia positivista da "Ordem e Progresso" tão antiga e, infelizmente, tão apregoada pelos conservadores e reacionários.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Depois de duas semanas voltei ao esporte


No FSM, Belém do Pará. Foto: Paulo de Tarso.

Pois é, já ia longe a última vez que pratiquei exercícios físicos. Depois de meu longa na AABB, viajei para o Fórum Social Mundial, em Belém do Pará, e fui pra Brasília em seguida e só hoje consegui sair pra caminhar. 

Caminhei 60' ou 6 Km pela manhã. Depois acabei caminhando mais um bom tanto, pois fui com a Ione ver a exposição do Saramago no Instituto Tomie Otake, em Pinheiros. 

Percebo cada vez mais que não posso ficar sem praticar esportes. Vinha me sentindo simplesmente quebrado, com o corpo travado e dores musculares. Espero que melhore com a volta da atividade física.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Convênio de 20 de fevereiro - Senador Paranhos


Escritor Álvaro Lins (1912/70).

Lendo um pouco a respeito da família Paranhos, ou seja, os Rio Branco - pai e filho -, vi que o senador Paranhos foi fundamental para que o Brasil não estivesse isolado na Guerra do Prata, e a atuação dele, evitando o bombardeio a Montevidéu e, ao contrário, trazendo o Uruguai para o lado do Brasil, foi fundamental para a formação da Tríplice Aliança, na Guerra contra o Paraguai de Solano López.

O fato interessante é que, ao firmar o Convênio de 20 de fevereiro, o prêmio que ele recebeu foi a demissão estapafúrdia, anunciada nos jornais por ele não ter atendido satisfatoriamente aos interesses do país. (porém, o Convênio foi mantido)

O senador Paranhos era do Partido Conservador, enquanto o Conselheiro Furtado, acima dele, era do Partido Liberal.

Em discurso de 8 horas no senado, ele reverteu a opinião pública, que lhe era desfavorável, e emocionou aos presentes, dentre eles um jovem chamado Machado de Assis, que cobria o evento para um jornal da época.

Machado de Assis faz referência ao evento histórico no escrito "O velho senado" (o li em seguida ao texto sobre Paranhos).

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Conhecimento não ocupa espaço e quero aprender muito ainda sobre as coisas de nosso país e do mundo.

Estou lendo também, apesar de ser lentamente, os livros básicos para uma formação da cultura brasileira: Visão do Paraíso, de Sérgio Buarque de Holanda, e Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado.


Bibliografia:

LINS, Álvaro. Rio Branco (Biografia). Editora Alfa-Omega. Funag, 1995.