Artigo de opinião
Olá prezad@s colegas da comunidade Banco do Brasil, associados da ativa e aposentados da Cassi e Previ e colegas bancários, principalmente de bancos públicos.
Durante os anos em que estive representando vocês em mandatos eletivos e defendendo nossos direitos em saúde, previdência e direitos trabalhistas e sociais, tive a felicidade de manter um contato muito próximo aos trabalhadores, não deixei de estar nas bases ouvindo vocês, levando informações e acatando sugestões e críticas como deve ser a vida de um representante eleito.
Mantive uma prestação de contas dos mandatos de forma periódica também através do blog de trabalho, o Categoria Bancária, e criamos entre nós - o representante e as lideranças dos bancários da ativa e aposentados - um hábito de escrever textos de fomento, com conteúdo técnico e político sobre as questões do mundo do trabalho, da saúde e previdência. Sei que não são textos pequenos, mas de subsídio e tivemos mais de mil colegas que nos acompanharam nas jornadas de lutas.
O povo brasileiro vai decidir no próximo domingo 28 de outubro, o destino do país e do povo trabalhador (nós), aquele povo que necessita da atuação do Estado para as questões básicas de cidadania como os direitos sociais - exemplo: os direitos trabalhistas; os direitos civis, políticos e humanos - como a liberdade de expressão e de se organizar - também são essenciais para que nós trabalhadores possamos sequer nos organizar e lutar por uma vida melhor, através de nossas entidades representativas e associativas como faz a comunidade BB há mais de dois séculos.
O texto que apresento abaixo foi feito por alguns de nós, lideranças dos bancários do BB, que dedicamos toda a nossa vida a defender os direitos dos funcionários do Banco.
PEÇO PARA AS LIDERANÇAS com quem estivemos nos últimos anos, que leiam e dialoguem com os colegas que estão indecisos e que pretendem votar no candidato da ameaça à nossa existência enquanto comunidade de banco público, enquanto cidadãos politizados que têm na defesa de suas opiniões a prática cotidiana, num ambiente democrático e não tirânico e de opressão ao que pensa diferente.
Mostramos abaixo como os governos democráticos do Partido dos Trabalhadores e com olhar voltado para o povo trabalhador foi benéfico para o Banco do Brasil e para o conjunto das pessoas da comunidade BB. Basta ver a ampliação de funcionários na ativa (tabela), cresce o emprego no BB e os benefícios se estendem para todos os demais direitos nossos. O aumento da remuneração é 50% maior que a inflação nos governos do PT (reajuste 185%, inflação 132%). Isso tudo, independente das críticas que todos nós temos aos erros dos governos do PT nos anos dois mil.
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Imaginem vocês que o candidato da intolerância ameaça combater até associativismo! A base de tudo que construímos na comunidade Banco do Brasil é baseada em cooperação e associativismo, TUDO! Lutarmos juntos para defendermos nossos direitos foi o que nos fez ser uma comunidade com 200 anos de história de lutas e conquistas! Isso está em risco.
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Votar em Haddad no dia 28 de outubro não é votar no partido que ele representa, é votar no direito de continuarmos com a prática de mantermos nossas opiniões e debatermos divergências num ambiente de democracia.
Compartilhem e conversem com colegas, amigos e familiares. Nestas eleições, cada voto que virarmos, pode significar mais alguns a favor de Haddad, pois as famílias e grupos têm votado assim.
Vamos dar uma chance para a democracia!
William Mendes
Bancário do Banco do Brasil desde 1992
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Vote para valorizar o BB e seus funcionários
No segundo turno da eleição presidencial temos candidatos com programas bem marcados e bem distintos.
De um lado temos Fernando Haddad, que vai investir nos bancos públicos e valorizar seus funcionários. É contra a privatização e a reforma da previdência, pretende revogar a reforma trabalhista e a emenda que congelou os gastos sociais por vinte anos.
De outro, o candidato da intolerância e sua equipe de economistas ultraconservadores defendem a privatização das estatais e querem entregar o comando do BB aos banqueiros, desprezando o corpo de funcionários que levou o BB a ser referência mundial de banco público. Votaram a favor da reforma trabalhista e querem cortar outros direitos como o 13º salário. São favoráveis ao congelamento de gastos sociais e à privatização da previdência social.
Quem for eleito terá de tomar medidas para reativar a economia e combater o desemprego, melhorar os serviços públicos, voltar a investir em infraestrutura e moradia, reverter os ataques aos direitos trabalhistas, investir em educação. Precisa baixar as taxas de juros e o spread bancário para financiar empresas, agricultura e pessoas com crédito mais barato.
O BB e os bancos públicos são imprescindíveis para incentivar a atividade econômica e reativar centenas de milhares de empreendimentos que foram fechados nos últimos três anos.
O Brasil venceu a recessão provocada pela crise mundial de 2008 com as operações de crédito feitas pelos bancos públicos. A economia cresceu forte e o Brasil chegou em 2014 ao mais baixo nível de desemprego da História (4,9%). Neste período o BB contratou funcionários e conseguimos conquistar ganhos reais de salários, aumentar a PLR e incorporar novos benefícios.
Esta experiência pode ser repetida. O Brasil pode voltar a crescer e para isso é preciso valorizar os bancos públicos e seus funcionários.
A escolha é sua. É o seu futuro que está em jogo.
Haddad promete valorizar o BB e bancos públicos
Haddad registra, em seu programa de Governo, que vai suspender o programa de privatização, revitalizar os bancos públicos, aumentar as operações de crédito com juros acessíveis à população, revitalizar a indústria e a agroindústria no campo, financiar o desenvolvimento nacional e regional, financiar obras de infraestrutura, moradia e agricultura. O Banco do Brasil e os demais bancos públicos federais assumirão um papel relevante na retomada do desenvolvimento.
O fortalecimento dos bancos públicos é fundamental para a economia do país e para seus funcionários. Quando a economia cresce incentivada pelo BB e seus congêneres, o nível de emprego aumenta e os funcionários conseguem conquistar novos direitos, melhorar a PLR e os reajustes salariais.
Veja, nas tabelas, a relação direta entre o crescimento do Banco, o número de funcionários e os reajustes salariais desde 1994.
Reajuste x inflação
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1995/2002
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2002/2015
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2015/2017
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Reajuste salarial
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8,9%
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185,3%
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16,5%
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INPC IBGE
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62,8%
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132,3%
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16,9%
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1994
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2002
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2014
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2017
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Funcionários BB
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119.380
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78.619
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111.664
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99.161
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Ativos totais BB
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357
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502
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1.740
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1.367
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Operações crédito BB
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164
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120
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799
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595
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Valores expressos em R$ milhões, atualizados para dez.2017
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Os números não deixam dúvida. De 1995 a 2002, no governo FHC, o BB encolheu, os salários ficaram congelados e foram cortados mais de 40 mil funcionários. Nos governos Lula e Dilma (2003/2015) o BB cresceu, os salários tiveram ganho real e foram contratados 32 mil funcionários. No governo Temer o BB cortou 12 mil postos de trabalho e os salários voltaram a sofrer reajustes abaixo da inflação.
Nos períodos de crescimento econômico os funcionários e sindicatos conquistam reajustes superiores à inflação. É preciso retomar a fase de crescimento do Banco interrompida em 2016. Para melhorar o nível de emprego e conseguir aumentos acima da inflação, precisamos eleger um governo que valorize o BB e seus funcionários.
Homem forte do candidato da intolerância quer privatizar tudo. Até o BB
O economista Paulo Guedes, o “Posto Ipiranga” do candidato da intolerância para a economia, vem afirmando à imprensa que vai privatizar todas as empresas estatais. Inclusive o Banco do Brasil. O candidato fala que não é bem assim, mas seu homem forte confirma em nova declaração.
O banqueiro Paulo Guedes diz que o dinheiro será usado para reduzir a dívida pública. Com a mesma desculpa, FHC vendeu dezenas de empresas a preço de liquidação, a dívida pública explodiu e a população paga mais caro pelos serviços que as empresas privatizadas prestam.
A imprensa anunciou depois do segundo turno que a equipe do candidato pretende nomear um executivo do Bank of America para presidente do BB. Seu objetivo será preparar a privatização, esvaziar as atividades, abrir mão de mercado, fatiar o Banco para vender seus ativos, desvalorizar e demitir funcionários e executivos, transferir a carteira de clientes para os concorrentes.
Vender um grande banco como o BB é abrir mão de um poderoso instrumento de política de crédito. Países como a Coréia do Sul, Alemanha e França sempre se valeram de bancos públicos para incrementar a atividade econômica. Privatizar banco público é comprometer o desenvolvimento.
A privatização acaba com o financiamento do BB à agricultura familiar, responsável por produzir 70% dos alimentos consumidos no Brasil, com reflexo a toda a população que pagará mais caro pela sua comida.
Veja o que aconteceu com os funcionários de bancos privatizados
Em 2008 o Banco do Brasil incorporou três bancos públicos – BESC, Nossa Caixa e BEP. Ninguém foi demitido e as agências foram mantidas. Mas isso é exceção! Porque quem adquiriu foi o BB nos governos do PT.
Na década de 1990, vários bancos foram privatizados e a consequência para os funcionários foi trágica. Lembremos alguns casos.
Em 1998 o BEMGE, de Minas Gerais, foi privatizado para o Itaú. Na véspera da privatização tinha 11.700 funcionários. 5.000 foram demitidos nos meses seguintes.
No ano de 2000 o Banespa foi privatizado para o Santander. Em 2001 foram demitidos 8 mil dos 22 mil funcionários. Os salários foram congelados até 2005. O fundo de pensão Banesprev ficou deficitário e os participantes estão tendo de cobrir déficit atrás de déficit. Os novos funcionários foram jogados em um VGBL com contribuições patronais e benefícios reduzidos.
Todas as estatais privatizadas demitiram em massa, cortaram direitos e salários, terceirizaram. Os cortes muitas vezes começaram pelos salários e cargos mais altos, por aqueles que se julgavam imprescindíveis para a empresa. O comprador sempre quer reduzir a folha de pagamento e cortar as principais cabeças para poder mudar a cultura corporativa.
Vote contra a reforma e privatização da Previdência
O candidato da intolerância, seu guru econômico e seus apoiadores eleitos para o Congresso Nacional anunciaram que farão a Reforma da Previdência a partir de 1º de janeiro de 2019, se ganharem as eleições. A proposta é obrigar os trabalhadores a aplicar em planos de previdência privados e individuais. Prometem reduzir contribuições sobre a folha de pagamento, para beneficiar os patrões.
Estas medidas já foram implantadas em vários países da América Latina, como Chile, Colômbia, Peru, México e outros. Neles, somente o trabalhador contribui para formar uma poupança individual em planos de previdência privada. Não há contribuição patronal obrigatória. Os planos são administrados por bancos privados que cobram taxas de administração extorsivas.
O resultado é catastrófico para os trabalhadores. A maioria dos idosos fica sem aposentadoria. Ou trabalham até o fim da vida ou dependem da ajuda de familiares para sobreviver.
No Chile, 50% dos trabalhadores não têm dinheiro para contribuir para os planos privados e ficam sem aposentadoria. 90% daqueles que contribuem têm benefícios inferiores a 2/3 do salário mínimo de lá. A situação social é tão grave que o suicídio entre idosos tem aumentado assustadoramente e o Governo foi obrigado a criar um benefício mínimo de assistência social.
Na Colômbia 65% dos trabalhadores idosos não têm aposentadoria. No México, somente 23% dos idosos conseguem se aposentar.
O Brasil não privatizou a Previdência Social e por isso tem a cobertura previdenciária mais ampla de toda a América Latina. 90% dos idosos recebem algum benefício da seguridade social.
A privatização da previdência só interessa aos banqueiros, que arrecadam rios de dinheiro cobrando elevadas taxas de administração sobre a minguada poupança dos velhinhos.
Votem a favor dos direitos do povo e dos trabalhadores, convençam duas ou três pessoas, votem #Haddad13