(atualizado às 0h50 de 30/1/18)
Tenho vivido uma agenda de trabalho e luta no mandato que exerço na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil de forma tão intensa pela complexidade de problemas que estamos enfrentando, que mal consigo dormir o suficiente e sequer posso ler, ver um filme ou praticar atividades físicas como precisaria.
Vou cumprir meu período de férias nesses dias, mas tenho muita coisa a fazer e resolver em relação à nossa luta e militância pela Cassi e pelos direitos dos trabalhadores que represento. Tenho ainda questões de família para cuidar em poucos dias de ausência no trabalho. Não serão dias de curtição e repouso.
A INJUSTIÇA COMO REGRA CONTRA O POVO
Eu fico pensando pasmado onde o cidadão Lula da Silva encontra energia e equilíbrio para sobreviver ao massacre totalitário infligido a ele pelos grupos que mandam nas estruturas do nosso brazil-colônia. Sua esposa não resistiu. As pessoas que tiveram a sorte de não passarem por nenhum processo em suas vidas de assédio moral, de acusações vis e injustas contra as suas honras e contra a moral de cada uma delas não conseguiriam medir o quanto um ser humano sofre com tais processos.
A tortura psicológica e física leva as vítimas à morte. O corpo não aguenta, explode. Os órgãos internos entram em falência. A psique da vítima se destrói. Muitos psicólogos e intelectuais dos séculos 20 e 21 produziram reflexões acerca do processo de extermínio nazista nos campos de concentração.
O assassinato físico de milhões de pessoas nos campos de concentração foi a etapa final de um longo processo de mais de uma década no seio da Alemanha nazista após a ascensão do 3º Reich de Adolf Hitler, onde o assassinato moral era a moda e o cotidiano, a destruição de segmentos de seres humanos através da coisificação de pessoas e grupos sociais transformados em lixo social, responsáveis por qualquer mazela que o país alemão sofresse: judeus, pessoas com deficiência, comunistas, políticos da oposição ao governo nazista, todos fora do círculo de poder eram coisas, eram culpados de todo o mal.
É muito triste ver meu país viver no século 21 um processo semelhante ao da Alemanha nazista dos anos trinta e quarenta do século 20. O grupo que aplicou o golpe se instalou nas principais instâncias da república, com apoio e pressão de alguns empresários donos de todos os meios de comunicação de massa, e o Golpe caminha acelerado para recrudescer mais ainda os efeitos contra o povo, que foi vítima da manipulação totalitária dos meios midiáticos responsáveis pelo fim da jovem democracia brasileira.
O que é pior e não tem gerado a reação popular devida é que o processo de condenação sem crime e sem provas e por motivações políticas do grupo que tomou o país de assalto gera mudança no cotidiano das pessoas no país, todas, desde as comuns e desconhecidas até as personalidades dos diversos segmentos sociais. O exemplo vindo desse julgamento de "petistas" a partir da Lava Jato e a partir do STF no caso que chamaram de "mensalão", e a criminalização dos movimentos sociais por parte dos representantes do Golpe nos órgãos do Estado, esses processos viciados já estão destruindo a sociabilidade nas relações diárias privadas e públicas, na vida civil de forma geral.
A abertura da Caixa de Pandora manuseada pela oposição aos governos do PT e contrária aos avanços sociais para o povo brasileiro, ameaçando a paz social que tanto dissemos neste blog ao longo dos anos de 2015 e 2016, significou liberar todas as maldades e elas repercutem mais na vida da grande massa da população que necessita do Estado para assegurar os direitos humanos e sociais básicos da cidadania.
Os sinais enviados a nós por uma pequena casta nos espaços do judiciário, por cerca de 400 lesas-pátrias no Congresso Nacional e por um executivo ocupado por Golpe de Estado são sinais de que a lei não é para todos, a justiça tem lado; sinais que a injustiça social será a regra, e eles eliminam direitos do povo com acordos de jantares e bilhões de dinheiros públicos repartidos entre eles. Em canetadas vão-se direitos de trabalhadores e segmentos sociais conquistados em décadas de lutas.
Vem aí um período de muito sofrimento para o povo e a classe trabalhadora a qual pertenço. A esperança que tenho na luta é porque a história da humanidade é feita de idas e vindas. Acredito que em algum minuto de qualquer dia desses o povo vai sair às ruas e dar o troco que essa pequena elite e seus asseclas merecem, ao estilo das estórias narradas pelo grande José Saramago.
Seguimos nas lutas porque somos humanos, estamos vivos e não pactuamos com injustiças sociais e domínio de minorias em prejuízo do povo.
William