Refeição Cultural
Osasco, 29 de setembro de 2022. Quinta-feira. Faltam poucos dias para as eleições brasileiras. Votem em Lula, em governadores que apoiam Lula e em parlamentares que apoiem o projeto de mudanças em favor da classe trabalhadora, projeto representado pela candidatura de Lula (votem! Pode ser que com uma quantidade enorme de votos, evitemos as fraudes programadas... pode ser...).
AINDA SOBRE AS COISAS E O CONSUMO CONSCIENTE
Estou analisando questões de economia doméstica, coisas das microeconomias. Analisando o grande problema doméstico e também mundial do excesso de consumo de coisas necessárias, desnecessárias e as que podem ser uma ou outra coisa, consumo de coisas empurradas goela abaixo por máquinas totalitárias de criação de desejos nos seres humanos. Pensei sobre coisas dias atrás (ler aqui).
A vida humana virou uma coisa muito esquisita neste instante da história do mundo. Somos uma ameaça às formas de vida do planeta que habitamos. Ou mudamos o rumo das coisas humanas ou acabamos com tudo.
O que nos faz humanos? O que nos diferencia de um vírus, um bicho, uma planta, um mineral? O que? Somos humanos ou somos coisas?
Sabemos que para o capitalismo somos coisas, somos consumidores... somos mercadorias... commodities, é o que somos no momento. Commodities e consumidores ao mesmo tempo, produto e comprador. Compra-se soja, perdão e apoio de deuses, jogadores de futebol, perfis de seguidores de redes sociais... compra-se e vende-se tudo...
Que coisa esquisita viramos.
Repito: o que nos faz humanos? O que somos? O que consumimos? A quantidade de coisas que acumulamos? A quantidade de perfis que nos seguem, alguns verdadeiros e um monte falsos?
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É A ECONOMIA... BLÁ BLÁ BLÁ!
Estou terminando a análise de um pequeno período de minha contabilidade doméstica. Se eu não tivesse uma reserva poupada ao longo de décadas de trabalho (dos direitos sociais que tínhamos antes do golpe), estaria em dificuldades sérias.
Há muito muito tempo gasto mais do que recebo mensalmente. É uma loucura! Loucura e um problema comum da classe trabalhadora brasileira e mundial. A diferença é que a grande maioria não tem reserva alguma. Na falta do parco recurso, a falta terá consequências inevitáveis para as pessoas de nossa classe. Talvez não comam. Talvez percam o abrigo. Talvez morram.
Vou reavaliar algumas despesas mensais e esporádicas em meu orçamento anual. Assinaturas, associações de classes, consumos de bens e serviços etc.
COM APERTO NO CORAÇÃO: Não vou renovar a assinatura de CartaCapital. Faz anos que assino a revista para apoiar o projeto e o que significa uma revista comprometida com o bom jornalismo. Eu não conseguia ler quase nada por falta de tempo e por opção de priorizar outras coisas. O volume de revistas no meu espaço doméstico é inviável para seguir acumulando as edições da revista. Depois que chegam, eu não tenho coragem de jogar fora, de me desfazer de tanta informação e conhecimento... Me desculpem, Mino Carta e equipe. Não posso salvar o mundo sozinho.
Assinei o projeto de comunicação do Fernando Morais até fechar (Nocaute). Assinei CartaMaior até fechar. Por muito tempo contribuí com o Blog da Cidadania, mas tá difícil seguir fazendo contribuições. São vários sites que precisam de nós: Nassif, Revista Fórum etc.
Não vou enumerar a quantidade de projetos sociais e de comunicação que são importantes demais para fecharem por falta de sustentação financeira. Às vezes, parece que nosso apoio solidário é uma gota no oceano. Por mais que façamos ações individuais, parece que acaba sendo uma coisa meio em vão. Mas não são, não são. Não é isso que quero dizer.
Muitas das associações e investimentos que fazemos com nossos recursos econômicos e financeiros são contribuições por questões ideológicas e de ética, são por pertencimento.
Enfim, nem tudo são coisas, coisas e coisas, no sentido das coisas desnecessárias criadas pelo modo de produção capitalista. Essas que citei, meios de informação e formação política, são muito necessárias. Mas o que fazemos se estamos consumindo mais recursos do que podemos?
Tenho muito que pensar... pense, pense.
William