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Homenagens ao centenário do BB no Rio Grande do Sul. |
Refeição Cultural
Li nesta semana um livro que ganhei em uma de minhas passagens pelo Rio Grande do Sul. O livro é fruto de uma oficina literária do SindBancários de Porto Alegre e região. Com a coordenação de Alcy Cheuiche, diversos colegas bancários e bancárias do Banco do Brasil e um pai de bancário produziram contos deliciosos sobre a história do nosso banco público no Estado do RS, história que completou cem anos em 2016.
O livro me foi presenteado pelo companheiro Irineu Roque Zolin, um dos escritores dos contos, e, desde já, agradeço pelo belo presente. Neste sábado 10 tive o privilégio de participar, a convite da Fetrafi RS, do Encontro dos Empregados da Caixa e dos Funcionários do Banco do Brasil e contribuir com uma análise de conjuntura abordando a conjuntura e os bancos públicos. Esta foi minha sétima passagem pelo Estado do RS para conversar com a base social do BB. (leia AQUI)
É emocionante conhecer as histórias cotidianas de cada bancário e bancária de nosso banco público em um Estado cujo papel do BB sempre foi muito relevante no apoio à comunidade rural gaúcha. Ao mesmo tempo, não tem como não ficar triste ao ver o governo atacando nosso patrimônio público, fechando centenas de agências justamente a partir de 2016 e fechando quase dez mil postos de trabalho. O povo brasileiro e nosso Banco não merecem esse sucateamento.
Eu parabenizo esta iniciativa do SindBancários que já produziu diversas obras com artistas e escritores bancários a partir das Oficinas Literárias. Esta nossa categoria é repleta de trabalhadores com diversas aptidões e vivências culturais, e cada entidade sindical que contribui para o desenvolvimento dessas dimensões humanas deve ser enaltecida.
O livro está em duas línguas, português e espanhol. Há contos que nos lembram da Cassi, da Previ, dos Cesec; contos que nos falam de presidente do BB oriundo do Rio Grande do Sul; contos que nos falam da história do Estado e dos gaúchos, assim como da participação do BB lá na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial.
Não sei se está disponível para aquisição, mas sugiro a leitura. É sempre bom ler a respeito de nossa história.
William
Leia abaixo a matéria do SindBancários sobre o lançamento da obra.
(reprodução de matéria do SindBancários)
Lançamento da antologia de contos sobre história de 100 anos do BB na 62ª Feira do Livro consagra nono livro da Oficina do SindBancários
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Lançamento do livro em Porto Alegre. |
14/nov/16 - site do SindBancários
A sala Oeste do andar G do Santander Cultural, acolheu na sexta-feira, 11/11, um grupo de oito estudantes da Oficina Literária do SindBancários e revelou mais uma virtude de reunir bancários para escrever: contar a própria história ou pesquisar sobre a história de um banco fundamental para o desenvolvimento do País. Os oficineiros puderam, no mesmo dia à noite, também, agora no Memorial do Rio Grande do Sul, autografar “O BB de Bombachas – Homenagem ao Centenário do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul”. Trata-se da nona antologia publicada pela Oficina Literária do SindBancários, desde 2008, sob a orientação do escritor Alcy Cheuiche. O lançamento fez parte da programação da 62ª Feira do Livro de Porto Alegre.
A nona antologia de contos segue a premissa das oito anteriores da oficina do SindBancários. São 60 contos, todos traduzidos para o espanhol, pela tradutora Andrea Barrios. A capa é um primor de arte, a cargo do ilustrador Marcos Cena, que vem a ser o presidente da Câmara Riograndense do Livro, dirigente da 62ª Feira do Livro de Porto Alegre. Durante a apresentação do livro no Santander Cultural, Alcy Cheuiche, falou sobre o tema. “Nosso desafio foi não só mostrar a história dos 100 anos do Banco do Brasil aqui no Rio Grande do Sul, mas a história de mulheres e homens que construíram essa história. Foi um privilégio trabalhar com vocês pela emoção, o carinho e a amizade. Vocês só não vão continuar escrevendo, e bem, se não quiserem”, discursou.
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, abordou o esforço que o Sindicato faz todo o ano e a importância de manter uma oficina literária no contexto político de agora. “A função primordial do nosso Sindicato é a luta da categoria. Mas o Sindicato tem que ter um papel na disputa da consciência das pessoas. Abrimos espaços culturais, como o nosso cinema, oficinas de dança e de teatro e um Festival de Música. As funções dos bancários são muito desgastantes dentro do banco. Ter um espaço de cultura e lazer é fundamental. Descobrimos que temos bancários e bancárias que são escritores de talento”, pontuou Gimenis.
Os 60 contos dos oito oficineiros foram produzidos ao longo do ano. Desde março, em encontros semanais às segundas-feiras, os oficineiros pesquisam, trocam ideias e escrevem. Neste ano, para reconstituir o centenário do Banco do Brasil, os alunos da oficina viajaram a Pelotas, Rio Grande e Bento Gonçalves. A primeira agência do Banco do Brasil foi inaugurada em 1º de março de 2016 na esquina da General Câmara (mesma rua da Casa dos Bancários, sede do SindBancários), com Sete de Setembro, no Centro Histórico de Porto Alegre. A Agência continua aberta no mesmo endereço. Após essa primeira agencia, vieram as de Pelotas e Rio Grande.
“É importante ter banco público. Neste momento em que um grupo político muito conservador e que tomou o poder sem ganhar as eleições ameaça o patrimônio público, mostramos a importância histórica de manter bancos púbicos. É preciso fortalecer cada vez mais o Banco do Brasil”, acrescentou Everton Gimenis.
Leitura de contos
No encontro do Santander Cultural, a já tradicional leitura de alguns contos ficou marcada pela democracia. Foram sorteados dois contos para serem lidos em português, pelo autor, e em espanhol pela tradutora Andrea Barrios. Assim, Michele Cardoso leu o “Canto do quero-quero”, que chamou de “uma tentativa de homenagear os bancários e os clientes que fazem o Banco do Brasil”. José Rodrigues Pereira leu “A Viagem de Numerário”, e chegou a cantar uma canção de bar que bancários costumavam entoar juntos em suas horas de lazer. De aniversários na sexta-feira, 11/11, Heraldo Velho Becker, ganhou de presente o “Parabéns a você” e a leitura do seu conto, “Grãos Dourados” sobre a importância do financiamento, via BB, da cultura agrícola da soja no Rio Grande do Sul.
Palavra de oficineiro
“Num primeiro momento, a dificuldade é criar um texto de duas páginas e reduzir para uma. Quando falamos em 1916, o centro de Porto Alegre era uma província com ruas mal desenhadas. O progresso de cada cidade veio junto com a chegada do Banco do Brasil.” Paulo Evaerte Ricalde de Freitas
“Trabalho há 41 anos na Caixa. Fiz uma linha do nosso trabalho e vivência. Tenho um filho que trabalha no Banco do Brasil. Um conto que escrevi fala da viagem que ele faz para trabalhar de Charqueadas para Triunfo. Fala da travessia de barco que ele faz diariamente.” Everton Araujo Pires
Para ver matéria e fotos, clique AQUI.
Fonte: site do SindBancários