domingo, 26 de junho de 2011

Fahrenheit 451 - Ray Bradbury, 1953



Foto divulgação do livro

CLÁSSICO AMERICANO

Pois é, mais uma lacuna cultural preenchida.

A obra de Bradbury é um clássico assim como 1984 de George Orwell e Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. São clássicos que discutem sociedades futuristas, controladoras e totalitárias. Obras futuristas que viraram realidade.

O autor nos faz refletir sobre os veículos de comunicação de massa (isso nos anos 50!). Jornais e canais de TV que induzem e criam um efeito imagético de verdade incondicional nas populações.


"- Imagine o quadro. O homem do século XIX com seus cavalos, cachorros, carroças, câmera lenta. Depois no século XX, acelere sua câmera. Livros abreviados. Condensações. Resumos. Tablóides. Tudo subordinado às gags, ao final emocionante (...)

- Clássicos reduzidos para se adaptarem a programas de rádio de quinze minutos, depois reduzidos novamente para uma coluna de livros de dois minutos de leitura, e, por fim, encerrando-se num dicionário, num verbete e dez a doze linhas (...)"


E O AUTOR NÃO CHEGOU A IMAGINAR O TWITTER!! 140 TOQUES...


O efeito criado pela rede mundial, A VELOCIDADE DA INFORMAÇÃO, tudo ao mesmo tempo, é o TUDO e é o NADA!

Na mesma homepage você tem um milhão de informações para lhe desviar pro nada.

Então, assim como descrito no livro, as pessoas pararam de pensar...

Ninguém suporta mais que 140 toques ou, no máximo, um ou dois parágrafos de leitura...


O livro é muito bom. Li com muita facilidade, mesmo com o zumbido infernal dentro de minha cabeça por causa de uma infecção no ouvido.

Vou rever o filme de François Truffaut, 1967, assim que encontrá-lo em casa, no meio de minhas fitas VHS.


Post Scriptum:

Um desabafo (26/6/11): cara, já se passaram oito dias desde o início de uma infecção de ouvido agravada por um voo. É impressionante, mas não sarou e continuo mal, não ouço direito e convivo com um zumbido infernal na cabeça. É deprimente!

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