A quantas andam as coisas?
A quanto tempo não faço minhas refeições culturais? Pelo que consultei aqui no blog desde maio.
Ando lendo, ouvindo e assistindo boas refeições culturais? Até que sim, apesar do foco todo voltado para a agenda que tive no movimento sindical.
Em termos de leitura, consegui ler UTOPIA de Thomas More, que era uma lacuna cultural que sempre tive. Que mais? Li um livrinho sobre a vida de Rosa Luxemburgo, outra lacuna cultural preenchida, apesar de ter que estudar muito mais sobre ela ainda. Também consegui ler umas 80 páginas sobre o professor Florestan Fernandes, outro belo exemplo de vida que eu não conhecia.
Na USP comecei uma matéria de leituras hispano-americanas, que acabei de largar para não fazer uma prova com qualidade inferior à que a matéria e a professora merecem, pois faltei muito e estou sem condições de ler e reler os textos para um bom trabalho. Conheci autoras argentinas muito interessantes e que deixam o desejo de leituras mais atentas algum dia na vida: Silvia Molloy e Victoria Ocampo.
Em relação a filmes, vi o excelente documentário TRABALHO INTERNO (inside jog) sobre a atual crise mundial. Também assisti a um filme espanhol, indicato por meu primo mineiro Jorge, que é bem real em relação às técnicas de entrevista coletiva para se contratar trabalhadores para grandes empresas. O nome do filme em espanhol é EL MÉTODO. Filme chocante e que dá raiva por saber que acontece diariamente.
Também assisti CAPITALISM: A LOVE STORY do gênio sarcástico Michael Moore. Recomendo todos esses filmes aos amantes de filmes críticos e que abrem nossa percepção das coisas.
Que mais tive de digestões culturais?
O TEMPO...
.......AS ESTAÇÕES DO ANO...
...............O NOSSO TEMPO ANIMAL...
O esquilinho da mongólia de meu filho já não consegue triturar em minutos os rolinhos de papel higiênico que damos pra ele brincar. Nem mesmo uma folha de papel ele tritura inteira; antes era um tá-tá-tá... com seus dentinhos de roedor que era uma graça! Ele está chegando na expectativa de vida. Vivem em média três anos. Ai Ai Ai, vamos sofrer muito quando ele se for. Ele come paozinho na minha mão sempre que estou em casa.
O nosso hamster anão russo (é uma bolinha) também está chegando em sua expectativa de vida: dois anos. Ai Ai Ai de novo.
O animal humano aqui tem percebido a passagem das estações do ano, o nosso tempo animal. Comecei faz alguns anos a frequentar enterros de familiares, depois dos meus trinta e cinco anos. Será bem difícil para mim os próximos que virão em ordem natural (se assim ocorrer).
Outra percepção da máquina corporal que sente o tempo passando é em relação aos estados de não-saúde que demoram mais em voltar ao equilíbrio adequado. Continuo quase não ficando doente, é verdade, principalmente quando comparo com as pessoas de meu cotidiano no trabalho e em família. Não gosto de ir em hospital ou médico. Vou quando não tem mais jeito. Nesta semana, voltei de uma viagem a trabalho com grande problema de inflamação na garganta e infecção no ouvido. Segurei alguns dias e não teve jeito. Fui ao médico. Cara, estou surdo há uma semana e apesar de ter passado a inflamação de garganta, não sei mais o que faço para tirar o zumbido do ouvido e voltar a ouvir. SÃO SINAIS DO TEMPO marcando o nosso velho corpo...
LEITURA DO DIA
Hoje li um terço do livro de Ray Bradbury - FAHRENHEIT 451, escrito em 1953. Vamos ver se acabo antes de segunda. A adaptação para o cinema em 1966, de François Truffaut, já vi em casa duas vezes, em uma velha fita de VHS. É muito boa.
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Um comentário:
Olá, Camarada, William!
Só pra contribuir um pouco... No brasil, o filme "Inside JOB" foi traduzido como "Trabalho Interno", e ganhou o oscar de melhor documentário em 2011. No 22o. CNFBB, repassei o filme para o Datena assistir. É chocante! Minha mulher ficou deprimida quando viu, a p...aria que os banqueiros fazem! Outra coisa.. "El método" foi traduzido para o português como "O que você faria?". Apresentei uma cena deste filme, quando dei uma aula que tratava de Violência Organizacional, na FESPSP, curso "Módulo Didático-Pedagógico". Houve, durante alguns meses em cartaz, a apresentação da peça que origina o filme - "O método Groenholm" com Lázaro Ramos e Thaís Araújo. A cena onde os "concorrentes" eliminam a mulher mais madura do grupo é muito rica e explica uma série de coisas.
Gostaria de te indicar o filme "A Onda", que apresentamos no "Caldo Cultural" da Regional Oeste, e você não pôde comparecer!
Fraterno abraço!
Getúlio - Coletivo BB SP
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