sexta-feira, 24 de julho de 2009

A Divina Comédia - Dante Alighieri

(Dante, de Botticelli)

Assim que resolvi ser menos ignorante em relação à Itália, peguei meu livro de Dante e comecei a lê-lo. Na verdade, em 2005 li a primeira parte do livro - O Inferno. Bom, estou lendo o livro desde ontem. É muito interessante.

Eu não sou mais o mesmo de antes. Por ser pouca a diferença entre 2005 e 2009, posso dizer que o livro é o mesmo. Pois, as histórias e os livros vão mudando à medida que vão mudando os contextos históricos. Esta relação obra e leitor de cada época é fundamental na interpretação da obra.

É evidente que o que estou dizendo é uma das linhas da teoria literária. Outras defendem a total independência da obra em relação ao contexto histórico e externo à própria obra.

LEITURA EXIGENTE
A Divina Comédia é uma obra exigente, cheia de referências a personagens que têm alguma relação com a vida real ou literária de então. É repleta de intertextualidades.

Dante é conduzido pelo Inferno e pelo Purgatório por ninguém menos que Virgílio, poeta romano, autor da Eneida. Caberá a Beatriz conduzi-lo ao Paraíso.

CANTO I
"Perdido numa medonha selva, Dante vaga por ela durante toda a noite. Ao amanhecer, deixando-a, começa a subir por uma colina. Súbito, atravessam-lhe a passagem uma pantera, um leão e uma loba, e o afastam para a selva. Então, aparece-lhe a imagem de Virgílio, que o reanima e oferece-se a tirá-lo da selva, fazendo-o passar pelo Inferno e pelo Purgatório. Depois, Beatriz o conduzirá ao Paraíso. Dante o segue" .

Virgílio guiará Dante pelo vale das sombras, local onde as almas suplicam segunda morte, em vão.

"Agora, para salvar-te, eu tenciono te levar comigo; guiar-te-ei na região do eterno sofrimento. Ali, ouvindo gritos lancinantes, verás almas antigas, na amargura, suplicar segunda morte em altos brados".

Durante a leitura da obra, é possível visualizar o tenebroso Hades, o rio Aqueronte, o barqueiro Caronte, o cão Cérbero, o Portal do Inferno com os dizeres:

"Por mim se vai à cidade das dores; por mim se vai à ininterrupta dor; por mim se vai à gente condenada. Foi Justiça que inspirou o meu Autor; fui feito por Poderes Divinais, Suma Sapiência e Supremo Amor. Antes de mim, havia apenas coisas eternas, e eu, eterno, perduro. Abandonai toda a esperança, ó vós que entrais!"

Affhh!!

Bibliografia:
ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia. Editora Nova Cultural, 2002, São Paulo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá,
Parabéns pelo Blog....gostaria de convidá-lo a visitar o nosso....minervapop.blogspot.com
Valeu!
Anselmo - SP