terça-feira, 29 de dezembro de 2020

291220 - Diário e reflexões



Tempos tempestuosos

Terça-feira, 29 de dezembro do ano da pandemia do novo coronavírus. Ano 5 do golpe de Estado que destruiu o Brasil. Tempos difíceis! Porém, tempos que devem ser superados por nós que estamos do lado certo da história, que não colocamos no poder os celerados e genocidas que tomaram de assalto todos os órgãos do Estado. Eu votei em um educador para presidente em 2018. Não votei em nenhum escroto para os parlamentos. Votei na Dilma em 2014, derrubada pelo golpe mais vil que este país já viveu. 

A morte espreita a todos nós. Está no ar, no elevador, no abraço, na confraternização (falo de um dos agentes da morte, o vírus Sars-CoV-2). Fico imaginando a morte como na narrativa fantástica de José Saramago, que estou terminando, As intermitências da morte. A morte fez convênio com os criminosos de guerra no poder no Brasil. Os líderes do regime incentivam a morte de todas as formas, defendem a guerra, o armamento, a tortura, a exploração dos povos miseráveis.

As diversas maneiras de morrer estão em alta nesta terra de ninguém, terra dos bolsonaros, terra dos donos das mídias empresariais que colocaram o genocida no poder e o mantêm lá. Terra de racistas, terra de exploração, terra de maldades. E sobreviver é preciso, é necessário.

Homens se sentem livres para estuprar, para assassinar, barbarizar mulheres, crianças, idosos. O número de mulheres mortas a facadas, tiros, pancadas explode nos noticiários, são mortes de todos os tipos. É como se víssemos romanos urrando nas arenas enquanto os leões dilaceram suas vítimas.

Os povos do mundo não entendem o que aconteceu com o Brasil. Quando veem as notícias dessa terra sob o comando do mal, se pegam catárticos, sem saber se acreditam ou desacreditam no que veem. Temos o único governo no mundo parceiro da pandemia, da morte, da violência, do racismo, da morte do povo trabalhador.

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Quero viver. Espero que as pessoas que não compactuam com toda essa desgraça sobrevivam ao vírus, às violências contra nós, à miséria programada desses canalhas que assaltaram o país. 

Vou chorar e sofrer por cada perda de companheiro e companheira que está do nosso lado nesta encruzilhada da história do Brasil. Se meu corpo aguentar, vou viver.

Quero ver nos tribunais penais e cortes internacionais cada desgraçado desse regime e seus apoiadores e financiadores, os do capital, os capitães do mato, os miseráveis aproveitadores, que viram a oportunidade de soltar toda a sua barbárie nos outros.

Se eu ficar pelo caminho, paciência. Mas se depender de mim, luto pra viver até ver os responsáveis pelo regime caírem e pagarem por tudo que estão fazendo ao país e ao povo brasileiro.

IMPRECAÇÃO: Sorte às vítimas do regime. Que se fodam os que estão por cima e no comando desse regime. O tempo de vocês vai chegar, vai acabar.

William


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