Refeição Cultural
CASA-GRANDE & SENZALA
"Foi o estudo de antropologia sob a orientação do professor Boas que primeiro me revelou o negro e o mulato no seu justo valor - separados dos traços de raça os efeitos do ambiente ou da experiência cultural. Aprendi a considerar fundamental a diferença entre raça e cultura; a discriminar entre os efeitos de relações puramente genéticas e os de influências sociais, de herança cultural e de meio. Neste critério de diferenciação fundamental entre raça e cultura assenta todo o plano deste ensaio. Também no de diferenciação entre hereditariedade de raça e hereditariedade de família." (Casa-grande & Senzala, Gilberto Freyre, 2011, p. 32)
Li hoje mais algumas páginas do Prefácio à 1a edição (1933) do ensaio de Gilberto Freyre. Lendo-o quase um século depois de sua época, o leitor tem que relevar muita coisa para seguir na leitura.
Senti o mesmo mal-estar ao ler Os sertões, de Euclides da Cunha. Naquela época, eram dominantes teorias bastante questionáveis como o positivismo e a crença na eugenia.
Enfim, a leitura e os estudos são atividades fundamentais para nos diferenciar das demais espécies animais.
Os tempos e os donos do poder, as ideologias dominantes, atuam para que eu e vocês nos comportemos como gados, como bichos irracionais. Ou como idiotas crédulos.
Seguirei até o último dia de vida tentando ser um ser humano, um homo sapiens. E um ser dotado de ética.
William
Post Scriptum: o texto anterior pode ser lido aqui.
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