segunda-feira, 1 de julho de 2024

37 de 100 dias



37. Fui hoje à Feira do Livro na Praça Charles Miller, em frente ao antigo Estádio do Pacaembu. Fui dar um abraço em um grande amigo, Sérgio Gouveia. 

O local está tomado por tapumes e estruturas de obras que nos lembram que os tucanos (Bruno Covas) privatizaram o estádio em 2019 e o que os paulistanos viram nos 5 anos seguintes foi a destruição do Pacaembu e prejuízos ao erário público em benefício de um indivíduo.

Registro o que acho desses fdp privatistas: são uns canalhas e vigaristas que privam a cidadania dos bens comuns.

Ir à feira do livro não foi o motivo de sair de casa e sim rever um amigo. 

Na programação do dia na feira do livro, assistimos a uma roda de conversa com escritoras e escritores gaúchos que falaram sobre suas obras e prestaram homenagens ao Rio Grande do Sul e a Porto Alegre, que sedia uma feira do livro que inspirou a paulistana. 

Os sulistas sofrem as consequências de uma catástrofe climática ocorrida recentemente.

Participaram Jeferson Tenório, Mar Becker, Clara Averbuck, Veronica Stigger, Morgana Kretzmann e Paulo Scott. A mediação foi de Tatiana Vasconcellos.

A bate-papo entre os autores foi interessante. 

Quanto à feira do livro em si, acho que terei dificuldade em considerar um evento desse de forma elogiosa depois de participar de uma feira do livro em Cuba.

Os preços dos livros nos estandes no Brasil são a partir de dezenas de reais, tudo muito caro, preços proibitivos. Uma (micro)latinha de cerveja pouco maior que uma unidade de Yakult custava 14 reais na feira paulistana, um roubo!

Em Havana, todos os estandes de livros tinham livros com preços simbólicos, custavam em pesos o equivalente a centavos de dólar ou euro. As pessoas saíam da feira carregadas de livros. A feira é em benefício da Educação e Cultura do povo cubano. 

No Brasil, o preço dos livros é para que só uma pequena parcela do povo possa ler. Aqui, livro é privilégio de poucos. 

Enfim, valeu o esforço de sair de Osasco e ir a um local que tem história (apesar dos tucanos) para rever um amigo. Trabalhamos juntos no Banco do Brasil e o Sérgio decidiu abraçar a profissão de professor. Nobre escolha!

Estar com pessoas queridas é um dos meus objetivos. A vida é um instante. 

William


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